quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O ESVAZIAMENTO DAS IGREJAS E SEMINÁRIOS (2)
Recebi e transcrevo a carta recebida via e-mail do padre Antônio Valentin Neto, da nossa Catedral São José, onde faz o contra ponto sobre o que escrevi nesta coluna na segunda-feira, dia 29 último, a respeito do esvaziamento das Igrejas e Seminários.
“Chico, estou conferindo os jornais de hoje.
Em Bom Dia, vejo seu artigo abordando aspectos da vida da Igreja, especialmente iniciativa do Bispo de Caxias do Sul de buscar leigos para algumas funções.
Na verdade, trata-se do diaconato permanente, três graus do sacramento da Ordem. No início da Igreja, as comunidades possuíam diversidade de ministérios. Aos poucos, eles foram fixados em ordenados: diáconos, padres e bispos; instituídos: leitor e acólito; diversificados: catequistas, animadores de grupos e outros. O leitor está ligado à Palavra. O acólito ao serviço do altar. Normalmente, a mesma pessoa recebe o ministério de leitor e acólito. Em nossa Diocese, para as mulheres, usa-se o expediente de uma Missão Canônica, pela qual o Bispo lhes outorga as mesmas funções do leito e acólito. Cabe-lhes, então, preparar as oferendas (alcançar a patena e os cibórios com as hóstias ao padre e o vinho no cálice).
Em nossa Diocese, houve a opção pelo diaconato permanente ainda lá pelos anos de 1972 e 1973. Já tivemos mais diáconos. Nos últimos 10 anos, digamos, foram ordenados cinco ou seis apenas. Atualmente, não tenho o número preciso na diocese, mas não chegam a 15. Das atuais seis paróquias de Erechim, apenas três possuem diáconos permanentes, um cada uma. Na São José, temos o Pascoal Pozza; na São Pedro, professor aposentado Bornelli; na Salette, professor Reinaldo Balbinot. Pessoalmente, na São José, gostaria de ter muitos outros. Tivemos outros dois em comunidades rurais. Um faleceu há dois anos, com uns 50 anos. O outro já é emérito e vive aqui na cidade.
No Rio Grande do Sul, além da Diocese de Erechim, Porto Alegre, Novo Hamburgo e Santa Maria, se não me engano, têm um trabalho mais sistemático em relação ao diaconato permanente. A Arquidiocese de Florianópolis, que se destaca nesta questão, tem mais de 130 diáconos permanentes.
Quanto às leituras na igreja, você que é perito em comunicação, percebe muito bem um número elevado de "ruídos": falhas de dicção (mencionadas no seu texto), de pontuação, de expressão, de domínio de texto, ajustes de microfone sem desligá-lo previamente...
É grande o desafio de uma evangelização mais consistente, de uma catequese que dê base a uma fé sólida e a uma vivência evangélica autêntica e não a práticas esporádicas de religião de cunho emocional, sentimental, sem busca imediata de curas, de solução imediata de carências (emprego, moradia, condução...).
"Per transendum", uma observação gráfica: a menção ao Papa, Bento, XVI, ficou com número de Paulo, VI.
Saudações.
pe. Antonio Valentin Neto”

Documento do PT propõe extinção do Senado.
Texto-base de congresso do partido, que acontece entre sexta-feira e domingo em Brasília, defende ainda regulamentação da mídia.
O texto-base da resolução política que o PT aprovará na etapa extraordinária do 4º Congresso Nacional do partido, que acontece entre esta sexta-feira e domingo em Brasília, defende a extinção do Senado Federal e a adoção do sistema unicameral no âmbito da reforma política. Além disso, o documento preliminar sugere 13 leis de iniciativa popular em temas polêmicos como reforma agrária e controle da mídia. O PT pode acabar com eleições diretas para direção
“A única legitimidade, no limite, defensável da existência do Senado brasileiro é a sua participação em decisões de caráter nitidamente federativo, função que poderia ser alternativamente cumprida por uma exigência de critérios especiais para aprovação de leis de nítido caráter federativo em um sistema unicameral”, diz o texto, ainda sujeito a revisões e acréscimos.
O documento com 108 itens divididos em 24 páginas, é fruto de contribuições das principais tendências do partido, além de setores da intelectualidade petista, e teve redação final do presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Na noite desta quarta-feira a executiva voltou a se reunir para reavaliar o texto e tentar levar para o congresso uma proposta de consenso. A decisão final caberá aos 1.350 delegados que se reúnem até e domingo em um centro de convenções em Brasília.
Segundo o documento preliminar, a existência do Senado fere o princípio da soberania. “A função revisora (do Senado) quebra nitidamente o princípio da soberania popular ao sobre-representar Estados com menor população e sub-representar Estados de maior densidade populacional”.
De acordo com o partido, o financiamento privado de campanhas é o pai de todos os males da política nacional ao promover a corrupção, transferir o poder de eleger das mãos do povo para as dos financiadores e criar uma “espiral de cinismo” na qual “a corrupção política é aceita como inevitável, os cidadãos desertam da política, os políticos corruptos agem cada vez mais corruptamente e a opinião pública, instruída pela cantilena neoliberal, conforma-se ceticamente”.
A sigla quer organizar uma campanha popular acompanhada de grande mobilização nacional. “A campanha pela reforma política terá que ganhar um tom cívico, nacional e popular como foi a campanha das Diretas Já (1984)”.
No último capítulo, intitulado “Um novo Estado, uma nova civilização”, o PT propõe uma campanha pública para aprovar uma série de 13 “leis cidadãs”, todas de iniciativa popular. O redator chegou a usar o termo “autogoverno”, substituído por soberania popular.
São elas:
a- Reforma política.
b- Participação popular em todos os governos do país por meio de conferências e orçamentos participativos.
c- Regulação dos meios de comunicação.
d- Combate à corrupção e aumento das penas aos corruptos e corruptores.
e- Regulação do capital financeiro e redução da autonomia do Banco Central.
f- Reforma tributária progressiva.
g- Duplicação em 10 anos dos orçamentos da educação, saúde, esporte, cultura e assistência social.
h- Contrato coletivo de trabalho e fim do imposto sindical.
i- Regulação da atividade econômica com base na preservação ambiental.
j- Políticas de quotas para negros em concursos públicos.
k- Universalização do acesso a creches em 10 anos
l- Reforma agrária.

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