quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A NOSSA BIBLIOTECA
Há bastante tempo que desejava dedicar este espaço á Biblioteca Pública de Erechim e sempre acabava esquecendo. Aproveito a realização da Feira do Livro para em atenção ao que me pediu um leitor e amigo tornar público o estado em que se ela se encontra. Muito ruim!
Mas, antes de examinar esta questão porém, é imperioso que se recorde e se homenageie seus fundadores, Dr. Júlio Costamilan Rosa, juiz da comarca, Américo Godoy Ilha, advogado, Olympio Zanin,advogado, Ângelo Cibela e Rúbio Brasiliano, sociólogo, no longínquo ano de 1944. 
O “Baile do Livro” na época, cujo ingresso era a doação de um livro, foi um sucesso e o responsável pelo início do acervo literário da biblioteca. Diante disso o prefeito Jerônimo Teixeira de Oliveira designou o advogado Olympio Zanin para receber em nome do município junto a Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul, em Porto alegre, a doação de uma caixa de livros, os quais ampliaram aquele patrimônio cultural.
A oficialização como instituição jurídica e pública, da biblioteca foi feita através de Lei Municipal n°. 107 de 03/07/1946, firmada pelo prefeito Dr. Américo Godoy Ilha, que a denominou: Biblioteca Pública Humberto Campos, por sugestão de Ângelo Cibela, e adquiriu uma sede própria, bem como todo o novo mobiliário. De acordo com a lei de criação, suas finalidades principais eram: fornecer leitura ao público; organizar dentro dos padrões biblioteconômicos os diferentes tipos de materiais e tudo o que for relacionado à divulgação da cultura; realizar palestras e reuniões culturais; organizar exposições de acontecimentos ou datas importantes.
Também foram doados e transferidos para o patrimônio da biblioteca, materiais do extinto “Tiro de Guerra” mediante autorização do juiz, Júlio Costamilan Rosa. Em 1973, uma parceria entre Instituto Nacional do Livro e Prefeitura resultou na doação de vários livros. No período administrativo do prefeito Ângelo Emílio Grando, foram realizadas também doações em dinheiro, móveis, e um terreno para futuras instalações da Biblioteca. Aliás, até hoje não se sabe que fim levou esse terreno. Outro nome que não pode ser esquecido e que muito cooperou para o crescimento da nossa Biblioteca foi o do Dr. Rodrigo Magalhães. Coube a ele a idealização de um pequeno museu com animais empalhados, ossos pré-históricos e outros objetos.
Anos depois a Biblioteca Municipal veio a denominar-se Dr. Gladstone Osório Mársico, numa justa homenagem ao advogado, escritor e vereador mais votado na época em que o mandato era gratuito. Foi um erechinense dedicado aos empreendimentos culturais, sociais, políticos e comunitários de nossa região. Seu primeiro livro publicado foi “Minha Morte e Outras Vidas” em 1958. Faleceu em Porto Alegre em 23 de abril de 1976. 
A Biblioteca dispõe de um belo acervo de livros das diferentes áreas do conhecimento humano, VHS's, DVD's, CD's, assinaturas correntes de jornais e revistas. 
A Biblioteca Municipal disponibiliza Sala de Inclusão Digital que é constituída por 21 computadores e uma impressora e oferece os serviços de utilização gratuita dos computadores, acesso a internet e impressão mensal por usuário de até 20 folhas. 
O atual endereço da Biblioteca Municipal é Avenida Pedro Pinto de Souza, número 100. Os horários de atendimento são das 8h às 11h30 e das 13h às 19h.
Com seus 67 anos de existência a nossa Biblioteca bem que merecia um local mais adequado. Aliás, ela já mudou tanto de lugar que muitas obras foram danificadas e outras se perderam. Quem frequentou há anos atrás e hoje volta a visitá-la nota a diferença. Eu não fui conferir, mas vários freqüentadores disseram-me que haveria a necessidade de melhorar o ambiente, assim como, um maior cuidado com os livros, revistas e jornais que formam o magnífico patrimônio cultural de nossa cidade.
Eu arriscaria uma opinião: Desengavetar o projeto que existe há anos na Secretaria de Obras para construção do próprio para a biblioteca. Local: Terreno do município existente na Av. Pedro Pinto Souza, ao lado da Sinagoga Israelita.
Se eu fosse vereador pressionaria o Executivo a pensar na idéia, em vez de se preocupar com aumento de ganhos salariais e número de componentes do Legislativ

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