sábado, 17 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO
Quem não leu deveria ler o artigo da professora e escritora Lya Luft, da revista Veja, de 14 de setembro último que trata do tema Educação: reprovada. Preciso reproduzir um pouco do que ela escreve porque, verdadeiramente, não há como não admirar ao que ela expõe.
Fala-se muito neste país sobre educação, professor que ganha pouco, grita-se, escreve-se, reclama-se e muito pouca ação se percebe.
Algumas providências negativas do ensino em nosso país: tiraram um ano de estudo dos educandos, tiraram o latim, tiraram o francês, e criaram a moda de aprender brincando. Nada de esforço, punição nem pensar. Eu lembro que quando era criança até aula de caligrafia fazia parte do currículo escolar. Antes do caderno de linhas duplas para caligrafia, linhas simples para redação e linhas quadriculadas para matemática, aprendia-se na lousa. Era uma lâmina de ardósia enquadrada em madeira para nela se escrever ou desenhar com ponteiros da mesma pedra; ardósia. Para apagar quando se errava, tínhamos um pequeno retalho de pano e um vidrinho com água. Não tinha essa de aprender brincando.
Hoje, também, em muitas escolas, não se deve falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Não conheço ninguém do meu tempo que por ter levado palmatória, castigo de joelhos em cima de grãos de milho, tivesse tido qualquer tipo de trauma, inclusive, muitos se formaram em agronomia, administração, direito, engenharia, etc. sem nenhum traumatismo. Ficou mais fácil estudar hoje em dia. A própria Internet passou a ser a melhor ferramenta disponível sem fazer-se qualquer esforço. Em compensação, os nossos estudantes saem despreparados das nossas escolas e consequentemente encontram dificuldades para encontrar emprego.
Tem criança que não sabe ler horas e minutos, não conhece a nossa moeda, ou seja, lidar com dinheiro, somar, por exemplo, quanto é um real mais 20 ou 40 centavos! Um percentual muito elevado dos mais adiantados escreve mal, tem letra feia, lê mal, não sabe pensar e se expressa mal por escrito.
A escritora Lya Luft ilustra muito bem a questão quando parafraseia um especialista: “estamos produzindo estudantes analfabetos”.
E os nossos políticos não fazem nada para melhorar a educação em nosso país. Preocupam-se exclusivamente em aumentar os seus salários de maneira afrontosa e vexatória enquanto as nossas escolas preparam gerações de ignorantes, porque é moda estudar brincando. Estudo, educação nunca foi brincadeira, é coisa séria. Frequentemente ouvem-se discursos grandiloquentes sobre educação, e nada se faz. O verbo falar já encheu, cansou, desiludiu, perdeu a graça. A sociedade quer ação, está cansada com essa camarilha de deputados sanguessugas do dinheiro público que apesar de tudo, ainda se locupletam, enriquecem, desviam e fraudam. Tudo isto é muito triste.
Paulo Freire, um pernambucano educador, filósofo, destaque nacional na área da educação popular, autor de Pedagogia do Oprimido, um método de alfabetização dialético, considerado um dos pensadores notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica, costumava dizer: O momento é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensem nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
E para amenizar um pouco o tema abordado, uma que me enviaram sobre a Semana Farroupilha:
NÃO FROXEMO O GARRÃO!!!!!!!!!!!
 Durante o acampamento da Semana Farroupilha no Parque Harmonia, as principais lideranças do Estado do Rio Grande do Sul resolveram retomar a Revolução Farroupilha e enviaram uma mensagem a Brasília:
- "Cambada de frouxos: Estamos declarando guerra novamente para separar o Rio Grande do resto! Temos 85 mil Cavalos e 200 mil Homens Farroupilhas".
Brasília então responde: "Aceitamos a declaração. O Exército brasileiros tem 380 tanques 160 aviões, 98 navios e 2 milhões de soldados. Após dois longos dias de intensa discussão, entre um chimarrão e outro, a Gauchada responde:  Retiramos a declaração de guerra... não temos como alojar tantos prisioneiros.
Mazaaaaá, indio velho!

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