terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

AUDIÊNCIA PELOS CACHORROS

Nesta terça-feira, 4, como estava previamente agendado, compareci a audiência com o vereador Valdemar Loch (PT) na Câmara de Vereadores de Erechim para discutir duas questões: uma antiga e outra nem tanto assim, mas ambas preocupantes do ponto de vista sócio ambiental.
O encontro que deveria ser de apenas alguns minutos se prolongou por uma hora. Os assuntos da pauta foram: a cachorrada que está tomando conta da cidade, a falta de políticas ambientais para o trato do problema, e a "magnifica" construção em decomposição do antigo Correio, objeto de críticas sistemáticas feitas por este colunista.
Sobre o primeiro assunto, o dos cachorros, reafirmei ao vereador, baseado em inúmeros e-mails e apelos recebidos, o firme propósito de tentar, juntamente com as denominadas protetoras dos animais, soluções para os cães vadios que perambulam pela cidade; que sofrem maus-tratos e abandonados a sua própria sorte.
Quando recebi as primeiras reclamações confesso, não imaginava que o problema fosse de tamanha magnitude. E o que é pior, o Município que é quem deveria ter a iniciativa e a responsabilidade de solucionar a questão, não se sabe porque, fica dando uma de bonzinho, se omite, não deixa ou não quer a intromissão voluntária de OGNs da cidade que se propõe a cooperar para resolver o grave problema. Por que será? Deve haver uma explicação!
Uma dessas ONGs mantém hoje em uma propriedade particular cerca de 70 cachorros que vivem e são cuidados ás custas da colaboração de pet-shops, clínicas veterinárias e vendedores de rações. A medida que iam surgindo as reclamações fui advertido que uma senhora, que se intitula herdeira de uma das primeiras protetoras de animais de Erechim, funcionária lotada na Secretaria de Meio Ambiente como servente de limpeza, mas que não entende nada de cachorro, ou tanto quanto eu é quem gerencia o famigerado "canil". O "canil municipal" só recebe cães atropelados, mal-tratados e feridos. Portanto é algo inopinado, improvisado, subitânio que não preenche o que se entende ser serviço de proteção animal. E esta mesma esta servente através de diálogos no Fecebook ainda teve o despautério de afirmar que este colunista só "fala bobagem". Em vista disso, resolvi com a responsabilidade de cidadão comum desta cidade me  engajar junto aqueles que querem colaborar na solução definitiva do problema. Deixei com o vereador Valdemar Loch várias sugestões, e enfatizei que seja ele interprete junto ao Poder Executivo da vontade de um grupo que quer ajudar, jamais atrapalhar. Igualmente requeri que o serviço atualmente oferecido pelo Município fosse revisto, inclusive, com a possibilidade de transformar aquele local em uma Organização Não Governamental, conforme a legislação vigente, construindo de fato um canil nos moldes das grandes cidades. Disse-lhe também que os impropérios proferidos a mim dirigidos pela responsável do "canil municipal" os devolvia a sua autora na mesma intensidade e valor, pois "enquanto a minha consciência estiver limpa sobre os meus atos, o pensamento alheio não me interessa". O jornalista é o político do povo e é para esse povo que devo explicações. Não a ela. Por tudo isso, apelaria também ao prefeito Polis que desengavete e desburocratize o projeto sobre a criação da Unidade de Referência Animal, comprometimento de campanha do vereador Loch, que garantia o tratamento digno e de qualidade aos mais de 10 mil animais em estado de abandono no Município, além de resolver um sério problema de saúde pública.

O segundo assunto foi semelhante ao dos cachorros: o abandonado prédio dos Correios em estado de decomposição e putrefação no terreno contíguo ao da Prefeitura em pleno centro histórico da cidade. Desde 2003 que a Direção Regional da EBCT é convocada a apresentar solução para o estorvo que enfeia a cidade, e nada nada acontece. O processo que completa em 2014, onze anos continua no enrola-enrola, constituindo-se num verdadeiro desapreço para com a comunidade de Erechim, que não deve nenhum  favor aos Correios, pelo contrário, quer ver solucionado o excruciante e lacrimoso problema. 

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