Nesta terça-feira, 4, como estava
previamente agendado, compareci a audiência com o vereador Valdemar Loch (PT) na
Câmara de Vereadores de Erechim para discutir duas questões: uma antiga e outra
nem tanto assim, mas ambas preocupantes do ponto de vista sócio ambiental.
O encontro que deveria ser de apenas
alguns minutos se prolongou por uma hora. Os assuntos da pauta foram: a cachorrada que está tomando conta da
cidade, a falta de políticas
ambientais para o trato do problema, e
a "magnifica" construção em
decomposição do antigo Correio, objeto de críticas sistemáticas feitas por este
colunista.
Sobre o primeiro assunto, o dos
cachorros, reafirmei ao vereador, baseado em inúmeros e-mails e apelos
recebidos, o firme propósito de tentar, juntamente com as denominadas
protetoras dos animais, soluções para os cães vadios que perambulam pela
cidade; que sofrem maus-tratos e abandonados a sua própria sorte.
Quando recebi as primeiras reclamações
confesso, não imaginava que o problema fosse de tamanha magnitude. E o que é
pior, o Município que é quem deveria ter a iniciativa e a responsabilidade de
solucionar a questão, não se sabe porque, fica dando uma de bonzinho, se omite,
não deixa ou não quer a intromissão voluntária de OGNs da cidade que se propõe
a cooperar para resolver o grave problema. Por que será? Deve haver uma
explicação!
Uma dessas ONGs mantém hoje em uma
propriedade particular cerca de 70 cachorros que vivem e são cuidados ás custas
da colaboração de pet-shops, clínicas veterinárias e vendedores de rações. A
medida que iam surgindo as reclamações fui advertido que uma senhora, que se
intitula herdeira de uma das primeiras protetoras de animais de Erechim, funcionária
lotada na Secretaria de Meio Ambiente como servente de limpeza, mas que não
entende nada de cachorro, ou tanto quanto eu é quem gerencia o famigerado
"canil". O "canil municipal" só recebe cães atropelados, mal-tratados e feridos. Portanto é algo inopinado, improvisado, subitânio que
não preenche o que se entende ser serviço de proteção animal. E esta mesma esta servente através de diálogos no Fecebook ainda teve o despautério de afirmar que este
colunista só "fala bobagem". Em vista disso, resolvi com a
responsabilidade de cidadão comum desta cidade me engajar junto aqueles que querem colaborar na
solução definitiva do problema. Deixei com o vereador Valdemar Loch várias
sugestões, e enfatizei que seja ele interprete junto ao Poder Executivo da
vontade de um grupo que quer ajudar, jamais atrapalhar. Igualmente requeri que
o serviço atualmente oferecido pelo Município fosse revisto, inclusive, com a
possibilidade de transformar aquele local em uma Organização Não Governamental,
conforme a legislação vigente, construindo de fato um canil nos moldes das
grandes cidades. Disse-lhe também que os impropérios proferidos a mim dirigidos
pela responsável do "canil municipal" os devolvia a sua autora na
mesma intensidade e valor, pois "enquanto a minha consciência estiver
limpa sobre os meus atos, o pensamento alheio não me interessa". O
jornalista é o político do povo e é para esse povo que devo explicações. Não a
ela. Por tudo isso, apelaria também ao prefeito Polis que desengavete e
desburocratize o projeto sobre a criação da Unidade de Referência Animal, comprometimento
de campanha do vereador Loch, que garantia o tratamento digno e de qualidade
aos mais de 10 mil animais em estado de abandono no Município, além de resolver
um sério problema de saúde pública.
O segundo assunto foi semelhante ao dos
cachorros: o abandonado prédio dos Correios em estado de decomposição e
putrefação no terreno contíguo ao da Prefeitura em pleno centro histórico da
cidade. Desde 2003 que a Direção Regional da EBCT é convocada a apresentar
solução para o estorvo que enfeia a cidade, e nada nada acontece. O processo
que completa em 2014, onze anos continua no enrola-enrola, constituindo-se num
verdadeiro desapreço para com a comunidade de Erechim, que não deve nenhum favor aos Correios, pelo contrário, quer ver
solucionado o excruciante e lacrimoso problema.
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