Faltam
poucas horas para o Rio Grande do Sul ter um novo governo eleito para o próximo
quatriênio, comandando pelo ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori.
Mesmo sabendo que os próximos quatro anos será de muito sacrifício, Sartori
promete, com criatividade, superar os obstáculos que terá pela frente.
Os
professores, por exemplo, esperam que ele aplique definitivamente a Lei do Piso, sancionada em 16 de julho de 2008, que instituiu o piso salarial profissional
nacional para os profissionais do magistério público da educação básica,
regulamentando disposição constitucional (alínea ‘e’ do inciso III do caput do
artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias).
A sociedade, por sua
vez, pede ao novo Governo que ele olhe para o setor de saúde, permitindo o
retorno do funcionamento do Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul
(Lafergs) há oito anos em total
inoperância na produção de medicamentos para ajudar os carentes do
estado. Também aguarda melhoria na segurança pública. Para a pasta assume um
gaúcho de muita experiência, delegado federal aposentado, Wantuir Jacini,
ocupante até há poucos dias do cargo de Secretário de Segurança Pública no
Estado do Mato Grosso do Sul desde 2007. É, portanto, um técnico experiente e o
que é importante, não tem se envolvido em polêmicas, denúncias ou mesmo
ações judiciais.
Para a Polícia Civil, continua o
delegado Guilherme Wondracek.
Aliás o delegado Wondracek
conheci-o pessoalmente quando juntos fizemos parte da Sub-Comissão dos
Caminhoneiros Desaparecidos, da Assembléia Legislativa. Eu secretário dessa
sub-comissão, na época, e ele responsável pela Delegacia de Roubo de Cargas. É
outro profissional correto, competente e dedicado.
O Governador José Ivo Sartori,
numa entrevista a imprensa antes do Natal, disse que não esperava encontrar
o governo Rio Grande do Sul no estado em
que está. Daí se deduz que mesmo reduzindo o número de secretarias e cargos de
confiança, haverá, sim, poucos recursos para investimento no tripé de qualquer
administração pública: educação, saúde e segurança. Este depoimento serve de
alerta para os gaúchos que alimentavam radicais mudanças na política
administrativa do Estado. Sem dinheiro, com uma dívida para pagar infindável e problemas
como o sucateamento do IPE - Instituto de Previdência do Estado; problemas no
DAER; problemas de falta de efetivo maior na Brigada Militar, Polícia Civil,
Bombeiros, afora a falta de equipamento para estes setores, tirarão muitas
noites de sono do novo governador.
Claro que todos nós gaúchos, de
maneira geral, torcemos para que hajam mudanças com a chegada do novo ano. É
uma vontade e desejo que pode se observar nas mensagens que são transmitidas pelos meios de comunicação e se renovam
nesta época, que coincide, precedentemente, com o Natal, que apela aos
sentimentos cristãos para que sejamos melhores e que amemos mais o próximo como
a nós mesmos. São propósitos que formam enormes cadeias de boa vontade.
O
problema maior é que o caráter das pessoas se transformam e mudam para pior, a
violência cada vez mais se consolida na sociedade anestesiada em que vivemos e
não reage. O mal parece estar vencendo o bem, afinal o que esperamos
verdadeiramente de 2015?
Eu
estava observando o esforço da Igreja Católica através do Papa Francisco, em
promover continuamente a paz, o ingente trabalho de aproximação com a Igreja
Ortodoxa, abertura a um maior diálogo com a comunidade gay e/ou homossexuais, o
envolvimento de outros organismos não governamentais objetivando melhorar o
mundo em que vivemos, o trabalho dos ambientalistas, em fim todo mundo voltado
para melhorar a nossa vida no planeta. Mas, está difícil.
As relações humanas são uma grande teia
multifocal, todos somos corresponsáveis pelo futuro da nossa sociedade,
mas são poucos... muito poucos os que assumem verdadeiramente o compromisso e o
dever de ajudar a modificar os nossos hábitos, costumes e obrigações.
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