domingo, 14 de dezembro de 2014

SERVIÇO MILITAR, É A SEGURANÇA DO BRASIL EM NOSSAS MÃOS!

Comemora-se neste dia 16 de dezembro, o Dia do Reservista, data do nascimento do poeta Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac, grande propugnador do Serviço Militar ao empreender campanha nacional para divulgar os valores morais e cívicos para a juventude brasileira, valendo-se de seus poemas, discursos e da letra do Hino à Bandeira.Todos os anos as Forças Armadas recebem milhares de jovens, para completarem seus quadros e, em um esforço conjunto, adestrarem-se para as diversas situações, levando em consideração as melhores aptidões e talentos dos cidadãos alistados para o Serviço Militar obrigatório.
De acordo com nossa Constituição e a Lei do Serviço Militar, nenhum brasileiro exercerá plenamente sua cidadania caso não esteja em dia com as obrigações militares.
Assim, todo cidadão, de dezenove a quarenta e cinco anos de idade, quite com essas obrigações, poderá requisitar passaporte ou carteira profissional, assumir cargo federal, estadual ou municipal, assim como se inscrever em concursos ou se matricular em qualquer escola.
O reservista, nos primeiros cinco anos, após o seu licenciamento, participa dos Exercícios de Apresentação da Reserva nas Juntas de Serviço Militar ou Repartições Consulares do Brasil, no período de 9 a 16 de dezembro.
Enquanto fazia o introito deste comentário, lembrava-me do meu tempo de quartel. Fui convocado para o serviço militar em 1955 para servir em Alegrete, na fronteira Oeste do nosso Estado e lá permaneci exatamente um ano. Realizei concurso para Cabo, fui promovido e licenciado (militarmente se diz excluído) por tempo de serviço apto a promoção a terceiro sargento. Poderia ter, se quisesse, engajado e seguido a carreira militar, mas a saudade de casa bateu mais forte.
        Guardo muitas lembranças dessa época do velho 6º RC (Regimento de Cavalaria). Era nosso comandante o coronel Homero Lydneir, sub-comandante major Carpena, Comandante do Esquadrão de Comando e Serviço, capitão Garcia, Comandavam o Pelotão, os primeiro tenentes Porto e Proença, aspirante à oficial, Prates, Sargenteante 1º Sgtº. Acosta, muito disciplinador; e instrutor do Pelotão de Comunicações, os 3ºs Sargentos Nercy e Carlos. Como companheiros lembro alguns: o Nini Gressana, Bruzamarello, Paulo de Moura, Meca, Orozimbo, Smaniotto, Marangoni, Darley Nora, Tiáça, Elmar, Rogóski, Capello, Kotliarenco, Argenta (motorista do comandante), e tantos outros bons amigos e camaradas. O tempo passou rápido. Talvez alguns dos que citei já tenham nos deixado, pois não os vejo a muitos anos. Meu preito de saudade a todos eles. Se me perguntassem qual a maior emoção sentida durante o período vivido na caserna diria: o juramento à Bandeira na praça central de Alegrete com todo o Regimento e minha promoção a cabo.  O quartel  é uma excelente escola.         

Todo homem deveria passar pela vida militar. Pergunte a qualquer pessoa que tenha servido e constatará que mais de 90% delas vão dizer que valeu cada minuto vivido no quartel. O ano que alguém passa no quartel é inesquecível na a vida da gente, pois as lembranças boas superam em muito as más recordações. O ano ali passado é investimento na vida e não tempo perdido! O jovem que serve as Forças Armadas adquire maior potencial e competência (física e moral) para enfrentar as dificuldades da vida adulta. Toda a disciplina, as regras, o internato e os exercícios duros servem para desafiar o jovem a superar os seus próprios limites; com isso adquire confiança em si mesmo e aprende que, sozinho, pode fazer muito mais do que imaginava. As coisas que ali se aprendem não se limitam aos assuntos puramente militares; aprende-se a viver e sobreviver com dignidade, a superar obstáculos, a encarar as pessoas e situações de peito erguido, a ter respeito e ser respeitado, ensinamentos que interessam a todos e que serão aplicados ao longo de nossas vidas, na profissão que for e em todo lugar. Se pudesse voltar hoje ao quartel, mesmo com meus quase 79 anos voltaria. 

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