A
ex-mulher do senador Fernando Collor de Melo, Rosane Malta, lançou na
quinta-feira passada, seu livro "Tudo o que vi e vivi", pela Editora
LeYa.
Certamente
vai alcançar vendagem recorde, já que ela conta tudo da sua relação
matrimonial, as brigas conjugais, a rotina da primeira dama e até rituais
macabros com fotos de humanos celebrados pelo seu ex.
Semana
passada Rosana deu uma entrevista ao jornal O Globo fazendo o anúncio do livro
e declarações de alguns trechos considerados mais fortes.
Num
trecho do livro Rosane narra que uma mãe de santo de confiança de Collor fez um
trabalho envolvendo fetos humanos. Ela pegou filhas de santo grávidas, fez com
que abortassem e sacrificou os fetos para dar às entidades. "Foi terrível.
Quando eu soube disso chorei copiosamente", declara. Está no livro uma passagem em que a mãe de
santo Maria Cecília da Silva disse que fez um trabalho que consistia em colocar
uma espécie de amuleto, que eles chamam de azougue, dentro da boca de sete defuntos
recém-enterrados no cemitério. Tempos depois, a candidatura de Silvio Santos
foi impugnada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Apesar
das declarações bastante pesadas, Rosane afirma não guardar ódio do ex-marido.
Disse que a decisão de escrever o livro foi uma luta para atingir seus direitos
enquanto ex-mulher.
O
casal conviveu durante 22 anos.
Agora,
24 anos depois de Collor ter sido eleito presidente, ela conta no livro
"Tudo o que Vi e Vivi", em Maceió, detalhes da campanha e do
envolvimento dele com magia negra.
Esta
não é a primeira vez em que Rosane relata que Collor participava de rituais com
matança de animais, como búfalos, bodes, macacos, galinhas, para ganhar as
eleições.
Ela
falou ainda que o preço que pagou por participar de rituais de magia negra foi
com o término do casamento com Collor. "Eles me avisaram que se eu
deixasse participar eu ia pagar um preço e esse preço foi o término do meu
casamento."
Rosane
disse ainda que foi branda no livro ao relatar rituais e ainda tem conteúdo
para escrever um segundo livro.
Rosane
ainda conta que, quando o casal se mudou para Miami, gastavam US$ 100 mil por
mês, renda obtida com parte da participação de Collor nas empresas da família
em Maceió, um conglomerado de emissoras de rádio, jornal e televisão. Lembra do
início do seu casamento e relata: "No início nos hospedamos em um hotel.
Depois, compramos e moramos nossa casa em Bay Harbor. Ficava em um terreno de
mil metros quadrados, com um gramado que terminava no mar." A casa tinha
piscina, sauna, academia e proteção contra furacões. Certa vez, o casal foi
esquiar em Aspen, nos EUA, com os sobrinhos e o voo foi cancelado devido ao mau
tempo, apenas aviões de pequeno porte estavam liberados. Como a bagagem era
grande, Collor alugou dois jatinhos: um só para eles e outro para as bagagens. Por
várias vezes no livro, Rosane descreve a relação conflituosa entre ela, ex-marido
e o casal Pedro Collor e Thereza de Lyra Collor, que denunciou escândalos que
fizeram seu ex-marido perder a Presidência em 1992. Olha só o que Rosane
conta: ele era um homem que mudava de humor com facilidade. "Além
disso, os olhos dele ficavam muito vermelhos. Ela destaca que o
"nervosismo" e "olhos vermelhos" ficaram frequentes.
"Certa vez, no início do nosso casamento, em Maceió, eu saí e, quando
voltei, a porta do nosso quarto estava quebrada. Fernando a tinha destruído com
um pontapé."
Por meio da assessoria de imprensa, Collor disse que não vai
comentar o teor do livro. Até hoje me arrependo de ter votado nesse megalomaníaco!
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