quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

COLLOR BATUQUEIRO

A ex-mulher do senador Fernando Collor de Melo, Rosane Malta, lançou na quinta-feira passada, seu livro "Tudo o que vi e vivi", pela Editora LeYa.
Certamente vai alcançar vendagem recorde, já que ela conta tudo da sua relação matrimonial, as brigas conjugais, a rotina da primeira dama e até rituais macabros com fotos de humanos celebrados pelo seu ex.
Semana passada Rosana deu uma entrevista ao jornal O Globo fazendo o anúncio do livro e declarações de alguns trechos considerados mais fortes.
Num trecho do livro Rosane narra que uma mãe de santo de confiança de Collor fez um trabalho envolvendo fetos humanos. Ela pegou filhas de santo grávidas, fez com que abortassem e sacrificou os fetos para dar às entidades. "Foi terrível. Quando eu soube disso chorei copiosamente", declara.  Está no livro uma passagem em que a mãe de santo Maria Cecília da Silva disse que fez um trabalho que consistia em colocar uma espécie de amuleto, que eles chamam de azougue, dentro da boca de sete defuntos recém-enterrados no cemitério. Tempos depois, a candidatura de Silvio Santos foi impugnada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Apesar das declarações bastante pesadas, Rosane afirma não guardar ódio do ex-marido. Disse que a decisão de escrever o livro foi uma luta para atingir seus direitos enquanto ex-mulher.
O casal conviveu durante 22 anos.
Agora, 24 anos depois de Collor ter sido eleito presidente, ela conta no livro "Tudo o que Vi e Vivi", em Maceió, detalhes da campanha e do envolvimento dele com magia negra.
Esta não é a primeira vez em que Rosane relata que Collor participava de rituais com matança de animais, como búfalos, bodes, macacos, galinhas, para ganhar as eleições.
Ela falou ainda que o preço que pagou por participar de rituais de magia negra foi com o término do casamento com Collor. "Eles me avisaram que se eu deixasse participar eu ia pagar um preço e esse preço foi o término do meu casamento."
Rosane disse ainda que foi branda no livro ao relatar rituais e ainda tem conteúdo para escrever um segundo livro.
Rosane ainda conta que, quando o casal se mudou para Miami, gastavam US$ 100 mil por mês, renda obtida com parte da participação de Collor nas empresas da família em Maceió, um conglomerado de emissoras de rádio, jornal e televisão. Lembra do início do seu casamento e relata: "No início nos hospedamos em um hotel. Depois, compramos e moramos nossa casa em Bay Harbor. Ficava em um terreno de mil metros quadrados, com um gramado que terminava no mar." A casa tinha piscina, sauna, academia e proteção contra furacões. Certa vez, o casal foi esquiar em Aspen, nos EUA, com os sobrinhos e o voo foi cancelado devido ao mau tempo, apenas aviões de pequeno porte estavam liberados. Como a bagagem era grande, Collor alugou dois jatinhos: um só para eles e outro para as bagagens. Por várias vezes no livro, Rosane descreve a relação conflituosa entre ela, ex-marido e o casal Pedro Collor e Thereza de Lyra Collor, que denunciou escândalos que fizeram seu ex-marido perder a Presidência em 1992. Olha só o que Rosane conta:  ele era um homem  que  mudava de humor com facilidade. "Além disso, os olhos dele ficavam muito vermelhos. Ela destaca que o "nervosismo" e "olhos vermelhos" ficaram frequentes. "Certa vez, no início do nosso casamento, em Maceió, eu saí e, quando voltei, a porta do nosso quarto estava quebrada. Fernando a tinha destruído com um pontapé."
Por meio da assessoria de imprensa, Collor disse que não vai comentar o teor do livro. Até hoje me arrependo de ter votado nesse megalomaníaco!


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