Muito
tem se falado sobre o inchaço dos automóveis nas ruas de cidades brasileiras.
Não há praticamente mais espaços para estacionamento e o trânsito cada vez
complicado.
Recentemente
houve um seminário para tratar sobre demandas sociais em Brasília, e entre elas
estava a reivindicação de melhoria no transporte público urbano, como única e
talvez principal alternativa para desafogar o tráfego de veículos nos grandes
centros urbanos.
Mas
para isso seja implantado, é preciso que haja uma tarifa social justa de
transporte público urbano não pode comprometer a renda nem deve onerar o
trabalhador.
De
outro lado, os principais atributos para um transporte de qualidade estão
regularidade do serviço (cumprimento de horário), tempo total da viagem,
incluindo o de espera, segurança, gentileza e educação dos funcionários,
informações aos usuários nos terminais, limpeza e melhor iluminação interna dos
ônibus.
De
acordo com as últimas estatísticas das montadoras de veículos nacionais,
mensalmente entram em circulação no país cerca de 5 milhões de veículos. Só a
Volkswagem larga no seu pátio de estacionamento um carro a cada 25 segundos. É
carro demais e o aumento de veículos em circulação além de causar inúmeros
problemas à mobilidade urbana, provoca estresse de quem dirige e também de quem
anda na rua.
A
falta de educação e a agressividade no trânsito de várias cidades do Brasil,revela
que o trânsito transtorna as pessoas porque produz igualdade numa sociedade que
no fundo, no fundo, continua aristocrática e tem como modelo a ideia de que não
seguir regras é sinal de superioridade. É a questão de você ver o outro como
gostaria de ser visto e, portanto, tendo os mesmos direitos e deveres. As
pessoas costumam esquecer os deveres. Esse é o ponto principal.
De
outro lado não há investimento em rodovias. Em nossa cidade – por exemplo, mais
de 50 carros novos entram em circulação todos os meses. No país, são milhares.
Uma ameaça para 2/3 da população que anda a pé. Independente disso, o
motorista, e a sociedade brasileira devem ser educadas. Os motoristas foram
crianças e são hiperativas dentro do automóvel. O carro é uma extensão da
personalidade de seu dono ou dona.
Obedecer
no Brasil é um sintoma de subordinação e inferioridade. Quem é superior, não
obedece. Quem faz as leis, não obedece. Apenas discute, não aplica. Somos
péssimos aplicadores, executores de lei.
Os
dados de acidentes de trânsito são cada vez mais alarmantes. A cada 24 horas
quase 400 crianças são hospitalizadas por atropelamento no Brasil. Mais da
metade das mortes de meninos e meninas de 14 anos são por atropelamento e não
por acidentes no banco de trás do carro.
É
preciso repensar a indústria automobilística no país, caso contrário não vai
muito longe os automóveis e caminhões não terão ruas a estradas para se
movimentar.
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