terça-feira, 21 de outubro de 2014

MOBILIDADE URBANA

Muito tem se falado sobre o inchaço dos automóveis nas ruas de cidades brasileiras. Não há praticamente mais espaços para estacionamento e o trânsito cada vez complicado.
Recentemente houve um seminário para tratar sobre demandas sociais em Brasília, e entre elas estava a reivindicação de melhoria no transporte público urbano, como única e talvez principal alternativa para desafogar o tráfego de veículos nos grandes centros urbanos.
Mas para isso seja implantado, é preciso que haja uma tarifa social justa de transporte público urbano não pode comprometer a renda nem deve onerar o trabalhador.
De outro lado, os principais atributos para um transporte de qualidade estão regularidade do serviço (cumprimento de horário), tempo total da viagem, incluindo o de espera, segurança, gentileza e educação dos funcionários, informações aos usuários nos terminais, limpeza e melhor iluminação interna dos ônibus.
De acordo com as últimas estatísticas das montadoras de veículos nacionais, mensalmente entram em circulação no país cerca de 5 milhões de veículos. Só a Volkswagem larga no seu pátio de estacionamento um carro a cada 25 segundos. É carro demais e o aumento de veículos em circulação além de causar inúmeros problemas à mobilidade urbana, provoca estresse de quem dirige e também de quem anda na rua.
A falta de educação e a agressividade no trânsito de várias cidades do Brasil,revela que o trânsito transtorna as pessoas porque produz igualdade numa sociedade que no fundo, no fundo, continua aristocrática e tem como modelo a ideia de que não seguir regras é sinal de superioridade. É a questão de você ver o outro como gostaria de ser visto e, portanto, tendo os mesmos direitos e deveres. As pessoas costumam esquecer os deveres. Esse é o ponto principal.
De outro lado não há investimento em rodovias. Em nossa cidade – por exemplo, mais de 50 carros novos entram em circulação todos os meses. No país, são milhares. Uma ameaça para 2/3 da população que anda a pé. Independente disso, o motorista, e a sociedade brasileira devem ser educadas. Os motoristas foram crianças e são hiperativas dentro do automóvel. O carro é uma extensão da personalidade de seu dono ou dona.
Obedecer no Brasil é um sintoma de subordinação e inferioridade. Quem é superior, não obedece. Quem faz as leis, não obedece. Apenas discute, não aplica. Somos péssimos aplicadores, executores de lei.
Os dados de acidentes de trânsito são cada vez mais alarmantes. A cada 24 horas quase 400 crianças são hospitalizadas por atropelamento no Brasil. Mais da metade das mortes de meninos e meninas de 14 anos são por atropelamento e não por acidentes no banco de trás do carro.

É preciso repensar a indústria automobilística no país, caso contrário não vai muito longe os automóveis e caminhões não terão ruas a estradas para se movimentar.

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