terça-feira, 22 de maio de 2012

CPMI FOI CACHOEIRA A BAIXO
Um verdadeiro circo com picadeiro, atores e palhaços foi a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito nesta terça-feira, no Senado, em Brasília, criada para investigar os crimes cometidos pelo maior contraventor deste país, Carlinhos Cachoeira.
O seu advogado, ex-ministro da Justiça do governo Lula, Márcio Thomaz Bastos e seu constituinte, tomaram conhecimento do roteiro de investigação dos parlamentares. Quanta ingenuidade!
Todas as perguntas que eram feitas ao indiciado ele respondia: Não vou falar. Somente me manifestarei depois que for inquirido na Justiça, vou me manter calado conforme me permite a Constituição.
Mesmo assim os deputados e senadores inscritos continuaram fazendo-lhe perguntas e ele respondia: mantenho-me calado, usando da prerrogativa constitucional de não falar.
Foi ridícula, portanto, a primeira reunião da CPMI.
Cachoeira de cara cínica aparentemente estava tranquilo. Na verdade deram o ouro para o bandido.
Por outro lado deu para notar que a CPMI virou um verdadeiro palco de disputa. O PSDB focou o governo do Distrito Federal, e o PT no governo de Goiás. Pelo menos ninguém falou em investigação mais fortemente na empresa Delta.
Há um detalhe nesta história muito importante, embora Cachoeira não esteja obrigado a responder as perguntas que lhe foram formuladas, o seu silêncio poderá ser interpretada em prejuízo da própria defesa. Por outro lado Carlinhos Cachoeira com seu silêncio cínico e desrespeitoso para com a busca da justiça deste país, ainda que com a alegação de que é direito constitucional, o que o Delegado da Polícia Federal apurou é a pura verdade, já que agregou provas às provas.
Para os que ainda não sabem o bicheiro responde a inquérito pela suposta prática dos crimes de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, contrabando, corrupção ativa e passiva, peculato, prevaricação e violação de sigilo, visando assegurar a exploração ilegal de máquinas eletrônicas de jogos, bingos de cartelas e jogo do bicho no Estado de Goiás.
Cachoeira disse ter “muito a dizer”, mas afirmou que só irá responder às perguntas dos congressistas futuramente.
“Constitucionalmente, fui advertido pelos advogados para não falar nada. Somente depois da audiência que teremos no juiz, se por ventura achar que eu deva contribuir, podem me chamar que eu responderei a qualquer pergunta”, disse Cachoeira no início da sessão. Essa primeira audiência de Cachoeira com a Justiça deve ocorrer apenas no fim de maio ou começo de junho. A estratégia da defesa de Cachoeira é tentar anular toda a investigação que foi realizada contra ele.
O próximo passo agora será a oitiva do chefe da quadrilha Cachoeira dia 31, quinta-feira da próxima semana e 1º de junho.
No mesmo dia da sessão da CPMI, o seu presidente, senador Vital do Rego, do PMDB da Paraíba, recebeu a denúncia de que teria contratado uma funcionária fantasma para seu gabinete. Claro que ele negou e disse que vai investigar. O emprego, teria sido arrumado pelo pai da funcionária. Segundo seu pai, ele faz um trabalho com outros dois colegas jornalistas no lugar da filha que não é jornalista e que ambos dividem o valor do salário para receber repassagens favoráveis ao senador. Segundo o jornalista, partiu do próprio senador a sugestão de colocar uma pessoa no gabinete. A funcionária é dispensada de bater o ponto e ganha R$ 3 mil por mês.
A reunião da CPI durou cerca de uma hora e meia e o advogado Márcio Thomaz Bastos não deu garantias de que seu cliente irá falar em uma próxima convocação. Thomaz Bastos disse: ele pode não falar nunca, é um direito que ele tem e isto não vai prejudicá-lo se ele não falar.
Em fim, a sessão da CPMI foi um espetáculo ridículo.

PARA VOCÊ MEDITAR
Me enviou o leitor Abrão Martins (Pirão):
"Até parece que o bem não faz sentido. O mal se multiplica por milhão. Quem manda no mundo é o bandido. Quem ontem foi honesto hoje é ladrão".

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