sábado, 19 de maio de 2012

COMO CONFIAR NA CPI?
O Brasil inteiro está de olho na CPI do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que comprometeu  o senador Demóstenes Torres (sem partido) e outras importantes figuras do cenário político nacional tornado-se o maior traficante de influência deste país. Como confiar nessa Comissão Parlamentar de Inquérito onde figura na sua composição o ex-presidente cassado Fernando Collor de Mello, que foi deposto por corrupção?
É só no Brasil que acontecem essas coisas. Um corrupto vai julgar um         corruptor.  De outra parte, o réu Carlinhos Cachoeira, através de seu advogado Márcio Thomaz Bastos, impôs mais condições para que seu cliente compareça à CPI, encarregada de investigar o envolvimento dele com agentes públicos e privados num esquema de jogos ilegais, corrupção e tráfico de influência para depor. Isto é incrível.  A exemplo do que requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 17, o advogado requer mais tempo para analisar os documentos sigilosos em poder da CPI, mas especifica que precisa de três semanas, e que lhe seja entregue cópia do material.
Por enquanto, o depoimento de Cachoeira, cujo nome verdadeiro é Carlos Augusto Ramos, está marcado para esta terça-feira,22.
Utilizando-se de linguagem protocolar, Thomaz Bastos apresentou as demandas em petição e encaminhou à comissão na última sexta-feira (18) “na esperança de poder colaborar com os trabalhos da CPI e de buscar uma solução que atenda aos interesses” de Cachoeira.
O advogado quer cópia de todos os arquivos com os dados sigilosos das Operações Vegas e Monte Carlo em poder da comissão, classificados de “imenso conteúdo”. Além disso, o defensor de Cachoeira apresentou outra demanda: deseja que, no decorrer desse prazo, seja possível conversar reservadamente com o Cachoeira sobre os dados obtidos.
Como Cachoeira está recolhido ao presídio da Papuda em Brasília, não há na comissão ainda um entendimento claro de que em circunstâncias se dariam essas conversas reservadas.
Adiado na semana passada devido a uma decisão liminar do ministro do STF, Celso de Mello, sob a alegação de que a defesa não conhecia o teor da investigação sigilosa e que o depoimento só poderia ocorrer depois disso, o comparecimento de Cachoeira à CPI foi remarcado para esta terça-feira. Além disso, garantiu-se o acesso da defesa do empresário aos dados das operações, sob as mesmas condições impostas aos parlamentares: sem cópias, sem gravações e com assinatura de termos de responsabilidade. Apesar de terem vindo à sala reservada da CPI nos primeiros dias após a autorização, os advogados não apareceram mais durante o resto da semana.
Na última quinta-feira (17), Thomaz Bastos pediu que Celso de Mello mantenha a liminar impedindo o depoimento de Cachoeira até que tenham total conhecimento das informações das operações. A decisão do ministro do STF está sendo aguardada, mas não há previsão de quando será divulgada.
Também chegou à CPI na mesma data as informações do Banco Safra S.A. referentes ao sigilo bancário de Carlos Augusto de Almeida Ramos. O material é sigiloso e contém três folhas.
Esta é sinopse de mais um capítulo da interessante novela baseada em fatos reais, colhidos pela Polícia Federal

DIGNO DE REGISTRO
Foi a palestra proferida na terça-feira, 15, à noite no Castelinho, para estudantes de sociologia da UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul, Campus de Erechim, pelo historiador erechinense Dr. Altair José Menegati, coadjuvado pelo ex-vereador Ely Parenti. O primeiro narrou fatos e acontecimentos sociais, políticos, econômicos e culturais mais ligados  a criação da Comissão de Terras e Colonização, no longínquo ano de 1915 e o segundo rememorou fatos envolvendo figuras de destaque na vida política e social da comunidade na década de 1930. Ambos disseram o que realmente a mocidade acadêmica de Erechim precisa ouvir.

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