quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

PRAGA DE MADRINHA
É ditado corrente, entre os antigos, que praga de madrinha tem muita força. Para ilustrar esta lenda valparaibana, recontada inúmeras vezes, uma mulher tinha um filho e mandou-o apanhar limão. Como o menino se demorasse, irritou-se e gritou:
– Não sei por que o diabo não te leva de uma vez.
Então a pedra onde o garoto havia trepado para alcançar os limões, abriu-se e ele sumiu. A pedra ainda pode ser vista nos arredores de Guaratinguetá, e guarda como sinal do sucedido, a marca de um pé.
Leite de Vasconcelos cita a pegada de São Gonçalo, no Penedo da Moura, junto de Felgueira, referente à moura que desapareceu entrando na rocha.
Outra mulher, como o filho a estivesse aborrecendo, mandou-o ao diabo. Nessa hora, veio um redemoinho e carregou o menino para o alto de uma figueira-do-diabo. Diz-se que não havia cristão que pudesse chegar ao pé da árvore. Era um vento que Deus dava. Foi preciso vir a madrinha da criança e chamá-la em nome do Padre, do Filho e do Espírito Santo, tendo estendida nos braços a toalha com que a tinha levado a pia batismal. O afilhado caiu-lhe no colo, o vento parou e toda a gente sentiu um cheiro forte de enxofre.
Pois estas histórias se igualam ao que vem acontecendo com a falta de luz na Av. Comandante Kraemer, no centro de Erechim. Alguma madrina deve ter rogado a seguinte praga: a cada 15 dias que a luz falte três vezes por semana, de preferência no anoitecer, que é para apanhar todos os moradores de surpresa. A RGE, responsável pelo fornecimento de energia elétrica na região é uma empresa que não preza nenhum pouco os consumidores que são seus dependentes. Explico o porquê: Um transformador que está instalado no início da Av. Comte. Kraemer, próximo ao edifício do relógio, há tempos vinha apresentando problemas, certamente por já estar cansado e não suportando mais a carga que lhe era exigida. Na tarde de segunda-feira por volta de 15,30h ele deu seu último suspiro. A equipe da RGE até chegar com sua UTI móvel demorou cerca de sete horas.
O pessoal de plantão imediatamente ao chegar ao local aplicou uma dose de adrenalina ou epinefrina um hormônio simpaticomimético e neurotransmissor, derivado da modificação de um aminoácido aromático (tirosina), secretado pelas glândulas supra-renais, assim chamadas por estarem acima dos rins do transformador. Em momentos de "stress", as supra-renais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros.
Só que a dose foi muito forte e o velho transformador não agiuentou e estourou.
Resultado, hopuve a necessidade de trocar por outro novo e mais resistente. Enquanto isto os consumnidores da referida Avenida ficaram sem energia até as duas horas da madrugada, perfazendo um total de 10 horas sem energia. Os freezers desgelaram, as geladeiras idem, os alimentos (alguns) perderam a condição normal de consumo, em fim, houve prejuízos. Será que a RGE seria capaz de indenizar? Duvido!
Não sou técnico, mas estava na cara que com tantos apagões por causa do velho transformador, ele estava pedindo aposentadoria. Também é um absurdo a RGE não ter uma equipe que seja responsável pela manutenção de linhas e tansformadores, e se possui, que me desculpe, é muito incompetente!
Um outro detalhe interessante da falta de atendimento mais objetivo da RGE. Quando telefonei para saber o que havia e qual a previsão do retorno da energia a atendente só faltou me solicitar o atestado de óbito do meu pai. Sabendo que estava ligando por falta de energia ( e já era noite) queria saber: nome, endereço, ponto de referência e, pasmem, o número da conta da luz. Se estava no escuro como iria achar uma conta para transmitir o número do raio da conta?
Isto é incrível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário