sábado, 25 de fevereiro de 2012

FORTES E LIVRES
Eu tenho um amigo, o Chaves, (não aquele comediante da TV), que nasceu em Muçum e, um dia desses, me perguntou se eu sabia a origem do nome do mais tradicional clube da cidade.
- Respondi que não!
 E ele passou a me informar que o “Fortes e Livres” surgiu de uma citação de Giuseppe Garibaldi para definir o perfil das pessoas necessárias a concretizar a Revolução Farroupilha, servindo de inspiração para que se formasse em 1916 uma agremiação futebolística na cidade de Muçum.
- Interessante, não?
As cores do pavilhão tricolor escolhida pelos fundadores descendentes, na sua maioria de imigrantes italianos, surgiu à fusão das cores da Itália e da República Rio-Grandense.
Ele sente muito orgulho da cidade de Muçum, pois sua família ali se fixou e seu pai foi, inclusive, jogador do “Fortes e Livres”.
Há cerca de 30 anos conheci, também, Muçum. O povoamento da região onde hoje se encontra o município começou no século IXX com a chegada dos primitivos colonizadores de origem lusa, italiana, alemã e polonesa, que compraram suas terras, através da Comissão de Terras e Colonização em Guaporé. O rio Taquari teve suma importância na migração dos primeiros colonizadores, já que era bastante navegável. O nome do município tem sua origem de uma cachoeira conhecida dos navegadores que costumavam passar pelo rio Taquari, chamada "Muçum". Inicialmente a povoação denominou-se General Osório. A origem do invulgar nome de "muçum", que a cidade e o município ostentam até hoje, perde-se no tempo, difundido oralmente entre os primitivos navegadores do rio Taquari. O nome "Mussum", ainda grafado com dois "SS", aparecia escrito em um relatório elaborado em 1882, pelo engenheiro militar, capitão Antônio Augusto Arruda, do Exército, ao efetuar um completo levantamento das cachoeiras existentes no rio Taquari, desde o porto de estrela até povoado de Santa Bárbara na foz do Rio Carreiro. Por meio deste documento, se constata que "Mussum" era a denominação dada a cachoeira do rio Taquari em que este nome já existia muitos anos antes. Em 19 de novembro de 1938 alternava a denominação de distrito e vila de General Osório para "Mussum", ainda com grafia de dois "SS". Em dezembro de 1959 era solicitada a Assembléia Legislativa do do Rio Grande do Sul "que fosse retificado o nome de Muçum, para a grafia com dois "SS", visto ser nome próprio, pois com (ç) acedilhado é nome de peixe de origem da língua Tupi-Guarani. Esta solicitação da Câmara deVereadores, não foi aceita. Com este relato presto minha homenagem ao amigo Chaves.

RACIONAMENTO D’ÁGUA

Me telefona um leitor residente no Bairro Atlântico para contestar, em parte, o que escrevi no sábado, sobre o abuso que alguns consumidores cometem no esbanjamento do precioso líquido. Segundo ele, a culpa é dos políticos que não previram o crescimento da cidade e o consequente consumo, não dando importância ao aumento da bacía de captação. Não é favorável que se crie uma lei para penalizar os esbanjadores, pois deixou claro que não poderia deixar de lavar o seu carro pelo descaso, tanto dos governos estadual, municipal, e vereadores que, segundo ele, nada fazem para resolver o problema da transposição das águas do Rio Cravo, embora já se saiba que o custo da obra será de R$ 32 milhões e que o processo está ainda na fase da licitação.
Pois é, já dizia o velho Gaspar Silveira Martins: Idéia não são metais que se fundem.

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