Recente pesquisa divulgada pela mídia do centro do país revela que a
presidenta Dilma Rousseff continua liderando as pesquisas de intenção de votos
para sua reeleição á presidência da República. A pesquisa aponta que ela soma
47% da preferência dos brasileiros, o que lhe garantiria vencer já no primeiro
turno. Um dado óbvio demonstrado pela pesquisa assinala que seus simpatizantes
se classificam na faixa etária entre 25 e 34 anos, possuem o ensino médio e
renda familiar mensal baixa, cerca de R$ 1.448.
Então, qualquer candidato que tem condições de facilitar a aquisição da
casa própria (Projeto Minha Casa, Minha Vida) comida, (Bolsa Família) etc. inequivocamente
é, indiretamente, levado a votar em candidato que ofereça essas facilidades
básicas ao eleitor.
Também contribui para essa preferência os dilmistas, em sua maioria
assentados em regiões mais pobre do Brasil, o Nordeste, por exemplo, onde há
maior número de analfabetos.
No polo oposto aos eleitores de Dilma, mais pobres e menos esclarecidos,
estão os simpatizantes de Marina Silva (PSB) e de Aécio Neves (PSDB), este, com
renda e escolaridade mais altas.
Entre a dúvida de se vai ou não continuar recebendo as benesses do
governo, claro está que o menos
esclarecido, o mais pobre e que todos os
meses recebe dinheiro para a família, escolhe o que particularmente lhe serve.
É só por isso que a presidenta Dilma leva vantagem. Essa gente não quer
nem saber de escândalo de mensalão, empréstimos secretos a Cuba, Colômbia,
países africanos. A
votação que livrou oito mensaleiros do crime de formação de quadrilha teve
algum impacto na pobreza? Claro que não.
Genoino e Delúbio, este último
inicialmente condenado em regime fechado, poderão obter regime aberto até o
final do ano. Dirceu, que recebeu a maior pena, poderá passar para o regime
aberto em março de 2015, embora fatores como leitura de livros, frequência em
cursos e liberação para trabalhar possam antecipar essa data ainda para 2014.
Até os publicitários Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz e os
ex-banqueiros Kátia Rabello e José Roberto Salgado foram beneficiados pela
decisão do tribunal de absolvê-los do crime de formação de quadrilha, mas eles
continuam em regime fechado porque suas penas foram mais altas. Resta ao
Supremo
concluir a votação dos últimos três
recursos dos mensaleiros: embargos infringentes apresentados pelo ex-deputado
João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-assessor do PP João Cláudio Genu e o ex-sócio da
corretora Bônus-Banval, Breno Fischberg, que contestam a condenação por lavagem
de dinheiro.
O mais interessante de tudo isso é que
vai chegar a hora da eleição e tudo ficará esquecido. Para ajudar esse
esquecimento vem aí a Copa do Mundo. Veja só: o evento Copa do Mundo só no rio
Grande do Sul terá um investimento de R$ 569,9 milhões, dinheiro dos cofres do
Governo do Estado e do Município de Porto Alegre. Será que efetivamente haverá
retorno financeiro dessa enorme quantia para o tamanho do investimento?
A expectativa é tão grande que o Itaú
Unibanco divulgou em julho de 2011 um estudo afirmando que o Mundial traria um
impacto positivo de 1,5 ponto percentual no PIB nos três anos seguintes. Porém,
em dezembro de 2013, o banco diminuiu a previsão para cerca de um ponto
percentual. Um dos motivos para o impacto no PIB ser menor, segundo o estudo,
foi o baixo investimento na infraestrutura das cidades-sedes – não há
estimativa oficial, mas o total deve ser inferior aos cerca de 33 bilhões de
reais divulgados em estudo do Ministério do Esporte em março de 2010. Eu só
quero ver depois da Copa. Tem muito economista dizendo por aí que a Copa, em
termos econômicos, não deverá ser compensada. Deve haver um ou outro setor
beneficiado, mas, em regra, o evento não impulsionará o PIB, dizem eles.
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