quarta-feira, 5 de março de 2014

OS DILMISTAS DO NORDESTE

Recente pesquisa divulgada pela mídia do centro do país revela que a presidenta Dilma Rousseff continua liderando as pesquisas de intenção de votos para sua reeleição á presidência da República. A pesquisa aponta que ela soma 47% da preferência dos brasileiros, o que lhe garantiria vencer já no primeiro turno. Um dado óbvio demonstrado pela pesquisa assinala que seus simpatizantes se classificam na faixa etária entre 25 e 34 anos, possuem o ensino médio e renda familiar mensal baixa, cerca de R$ 1.448.
Então, qualquer candidato que tem condições de facilitar a aquisição da casa própria (Projeto Minha Casa, Minha Vida) comida, (Bolsa Família) etc. inequivocamente é, indiretamente, levado a votar em candidato que ofereça essas facilidades básicas ao eleitor.
Também contribui para essa preferência os dilmistas, em sua maioria assentados em regiões mais pobre do Brasil, o Nordeste, por exemplo, onde há maior número de analfabetos.
No polo oposto aos eleitores de Dilma, mais pobres e menos esclarecidos, estão os simpatizantes de Marina Silva (PSB) e de Aécio Neves (PSDB), este, com renda e escolaridade mais altas.
Entre a dúvida de se vai ou não continuar recebendo as benesses do governo,  claro está que o menos esclarecido, o mais pobre  e que todos os meses recebe dinheiro para a família, escolhe o que particularmente lhe serve.
É só por isso que a presidenta Dilma leva vantagem. Essa gente não quer nem saber de escândalo de mensalão, empréstimos secretos a Cuba, Colômbia, países africanos. A votação que livrou oito mensaleiros do crime de formação de quadrilha teve algum impacto na pobreza? Claro que não.
Genoino e Delúbio, este último inicialmente condenado em regime fechado, poderão obter regime aberto até o final do ano. Dirceu, que recebeu a maior pena, poderá passar para o regime aberto em março de 2015, embora fatores como leitura de livros, frequência em cursos e liberação para trabalhar possam antecipar essa data ainda para 2014. Até os publicitários Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz e os ex-banqueiros Kátia Rabello e José Roberto Salgado foram beneficiados pela decisão do tribunal de absolvê-los do crime de formação de quadrilha, mas eles continuam em regime fechado porque suas penas foram mais altas. Resta ao Supremo
concluir a votação dos últimos três recursos dos mensaleiros: embargos infringentes apresentados pelo ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o ex-assessor do PP João Cláudio Genu e o ex-sócio da corretora Bônus-Banval, Breno Fischberg, que contestam a condenação por lavagem de dinheiro.
O mais interessante de tudo isso é que vai chegar a hora da eleição e tudo ficará esquecido. Para ajudar esse esquecimento vem aí a Copa do Mundo. Veja só: o evento Copa do Mundo só no rio Grande do Sul terá um investimento de R$ 569,9 milhões, dinheiro dos cofres do Governo do Estado e do Município de Porto Alegre. Será que efetivamente haverá retorno financeiro dessa enorme quantia para o tamanho do investimento?
A expectativa é tão grande que o Itaú Unibanco divulgou em julho de 2011 um estudo afirmando que o Mundial traria um impacto positivo de 1,5 ponto percentual no PIB nos três anos seguintes. Porém, em dezembro de 2013, o banco diminuiu a previsão para cerca de um ponto percentual. Um dos motivos para o impacto no PIB ser menor, segundo o estudo, foi o baixo investimento na infraestrutura das cidades-sedes – não há estimativa oficial, mas o total deve ser inferior aos cerca de 33 bilhões de reais divulgados em estudo do Ministério do Esporte em março de 2010. Eu só quero ver depois da Copa. Tem muito economista dizendo por aí que a Copa, em termos econômicos, não deverá ser compensada. Deve haver um ou outro setor beneficiado, mas, em regra, o evento não impulsionará o PIB, dizem eles.

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