sexta-feira, 14 de março de 2014

HPS E JULGAMENTO DOS MENSALEIROS

A população de Porto Alegre poderá perder o HPS - Hospital Pronto Socorro, administrado pelo município, pela ideia maluca do Secretário da Saúde. A notícia divulgada pela imprensa metropolitana deixou a população porto-alegrense em verdadeiro pânico. Imagine o hospital que há 70 anos serve a comunidade de uma hora para outra passar exclusivamente para hospital de traumatologia, ou seja, não mais atenderá os casos clínicos, pessoas com problemas de coração, mal-estar e outros. Ouvindo uma entrevista do Dr. Carlos Humberto Cereser, cardiologista há 30 anos do hospital, ele disse que, fosse ele o prefeito, demitiria "ad nutun" o secretário pelo que disse nos órgãos de imprensa da capital. O secretário mandou que a população, após a reforma, procurasse outro hospital porque o HPS só passaria a atender os casos de traumatologia. O Pronto Socorro vai completar 70 anos em 2014 e sempre foi um hospital de referência e emergência em casos clínicos e traumato, oferecendo, inclusive, residência para médicos recém formados. Foi um dos primeiros hospitais brasileiros a ter medicina de emergência. Querer transformar no HPS e em hospital exclusivo para casos de traumatologia "é uma tremenda de uma burrice" - disse o Dr. Cereser.
Acrescentou que no mundo todo existe cerca de sete ou oito hospitais exclusivos para traumatologia. Em Porto Alegre vamos ter dois. O Cristo Redentor é um deles. Cereser foi mais a fundo na questão, afirmou que breve o HPS se transformará num elefante branco, pois é muita cara a sua manutenção e a prefeitura não suportará os seus gastos. "Somos de opinião que o setor de saúde do município deve pensar no ser humano e continuar como sempre foi nestes últimos setenta anos". Para o médico cardiologista, "quando se fecha as portas e manda de volta um paciente passando mal, sem que um médico examine esse paciente, o risco é muito grande", advertiu.
O Hospital de Pronto Socorro tem hoje á disposição da população 300 médicos, sem contar o número de enfermeiras e funcionários. E todos, unanimemente, são contrários a transformação proposta pelo Secretário da Saúde. Será que o prefeito José Fortunati está de acordo com a proposta do maluco do seu secretário?
O encerramento do julgamento dos mensaleiros nesta quinta-feira pelo STF terminou de maneira trágica, comprometendo a credibilidade da maior corte de justiça do país.
Depois de 69 sessões plenárias, ao longo de um ano e sete meses, o Supremo Tribunal Federal analisou os últimos recursos dos condenados pelo maior esquema de corrupção da história do país. Nesta quinta-feira, a nova composição da Corte, com os votos decisivos dos ministros novatos Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, absolveu dois mensaleiros do crime de lavagem de dinheiro, a exemplo do que havia feito com outros oito no crime de formação de quadrilha. Em síntese, a maioria dos ministros que encerrou o julgamento é mais complacente com condutas consideradas criminosas pelos ministros que iniciaram a análise da ação penal. O resultado acabou beneficiando a antiga elite dirigente do PT – Delúbio Soares, José Genoino e José Dirceu – e o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (todos do PT), que para a Justiça não são mais quadrilheiros nem lavaram dinheiro, mas continuam sendo corruptos. Por seis votos a quatro, o plenário do Supremo anulou as condenações de João Paulo e do ex-assessor João Cláudio Genu pelo crime de lavagem e manteve a do sócio da extinta corretora Bônus-Banval Breno Fischberg. Com isso, o ex-deputado corrupto se livrou do regime fechado e deverá estar em liberdade até o final do ano – a pena cairá de nove anos e quatro meses para seis anos e quatro meses. O presidente da Corte, Joaquim Barbosa, responsável pelos votos que conduziram a condenação de 25 políticos e empresários, não participou das votações de João Paulo.

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