A população de Porto Alegre poderá
perder o HPS - Hospital Pronto Socorro, administrado pelo município, pela ideia
maluca do Secretário da Saúde. A notícia divulgada pela imprensa metropolitana
deixou a população porto-alegrense em verdadeiro pânico. Imagine o hospital que
há 70 anos serve a comunidade de uma hora para outra passar exclusivamente para
hospital de traumatologia, ou seja, não mais atenderá os casos clínicos, pessoas
com problemas de coração, mal-estar e outros. Ouvindo uma entrevista do Dr.
Carlos Humberto Cereser, cardiologista há 30 anos do hospital, ele disse que,
fosse ele o prefeito, demitiria "ad nutun" o secretário pelo que
disse nos órgãos de imprensa da capital. O secretário mandou que a população,
após a reforma, procurasse outro hospital porque o HPS só passaria a atender os
casos de traumatologia. O Pronto Socorro vai completar 70 anos em 2014 e sempre
foi um hospital de referência e emergência em casos clínicos e traumato, oferecendo,
inclusive, residência para médicos recém formados. Foi um dos primeiros
hospitais brasileiros a ter medicina de emergência. Querer transformar no HPS e
em hospital exclusivo para casos de traumatologia "é uma tremenda de uma
burrice" - disse o Dr. Cereser.
Acrescentou que no mundo todo existe cerca
de sete ou oito hospitais exclusivos para traumatologia. Em Porto Alegre vamos
ter dois. O Cristo Redentor é um deles. Cereser foi mais a fundo na questão,
afirmou que breve o HPS se transformará num elefante branco, pois é muita cara
a sua manutenção e a prefeitura não suportará os seus gastos. "Somos de
opinião que o setor de saúde do município deve pensar no ser humano e continuar
como sempre foi nestes últimos setenta anos". Para o médico cardiologista,
"quando se fecha as portas e manda de volta um paciente passando mal, sem
que um médico examine esse paciente, o risco é muito grande", advertiu.
O Hospital de Pronto Socorro tem hoje á
disposição da população 300 médicos, sem contar o número de enfermeiras e funcionários.
E todos, unanimemente, são contrários a transformação proposta pelo Secretário
da Saúde. Será que o prefeito José Fortunati está de acordo com a proposta do
maluco do seu secretário?
O encerramento do julgamento dos
mensaleiros nesta quinta-feira pelo STF terminou de maneira trágica,
comprometendo a credibilidade da maior corte de justiça do país.
Depois de 69 sessões plenárias, ao longo
de um ano e sete meses, o Supremo Tribunal Federal analisou os
últimos recursos dos condenados pelo maior esquema de corrupção da história do
país. Nesta quinta-feira, a nova composição da Corte, com os
votos decisivos dos ministros novatos Luís Roberto Barroso e Teori
Zavascki, absolveu dois mensaleiros do crime de lavagem de dinheiro, a exemplo
do que havia feito com outros oito no crime de formação de quadrilha. Em síntese,
a maioria dos ministros que encerrou o julgamento é mais
complacente com condutas consideradas criminosas pelos ministros que
iniciaram a análise da ação penal. O resultado acabou beneficiando a antiga
elite dirigente do PT – Delúbio Soares, José Genoino e José Dirceu – e o
ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (todos do PT), que para
a Justiça não são mais quadrilheiros nem lavaram dinheiro, mas continuam sendo
corruptos. Por seis votos a quatro, o plenário do Supremo anulou as
condenações de João Paulo e do ex-assessor João Cláudio Genu pelo crime de
lavagem e manteve a do sócio da extinta corretora Bônus-Banval Breno Fischberg.
Com isso, o ex-deputado corrupto se livrou do regime fechado e deverá
estar em liberdade até o final do ano – a pena cairá de nove anos e
quatro meses para seis anos e quatro meses. O presidente da Corte, Joaquim
Barbosa, responsável pelos votos que conduziram a condenação de 25 políticos e
empresários, não participou das votações de João Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário