sábado, 15 de março de 2014

TODOS DEVERIAM FAZER COMO PONTE PRETA


Quando a população se une ficam mais fáceis as conquistas. Aliás, em tudo é assim. Se você pede com delicadeza, como diz o meu amigo Tibério, nos conformes, não sai, demora e fica por isso mesmo. Aí vem a revolta e chega ao estresse. Não é o caso, por exemplo, da população de Ponte Preta. Há cerca de um mês  movimentou a comunidade em ato de protesto contra o descaso do DAER, por não conservar o acesso que liga a cidade a Barão de Cortegipe, cujas obras estavam paradas após a colocação de camada asfáltica em um trecho de quatro quilômetros. Para que o clamor da comunidade fosse ouvido, foi necessário bloquear a BR-480 para exigir o término da pavimentação numa extensão de 13 quilômetros. De acordo com o engenheiro, Luiz Fernando de Souza, superintendente regional do DAER em Erechim, nessa primeira etapa será feito, ou está sendo feito, trabalho de tapa-buracos, posteriormente haverá a conclusão da pavimentação. Não foi estabelecido prazo. Não é só o acesso de Ponte Preta que se encontra em péssimas condições de trafegabilidade, são mais 12 municípios da região que passam pelo mesmo problema. Ainda sobre estrada. Eu viajo todos os meses no trecho Erechim/Porto Alegre, Porto Alegre/Erechim. Não há como não perceber a falta de conservação das nossas rodovias. Os trechos onde o asfalto pode ser considerado bom,  o mato rasteiro toma conta dos acostamentos, a sinalização tanto vertical como horizontal  inexiste em muitos pontos, sem contar com os problemas que já aparecem na recém rodovia do Parque. A moderna rodovia que foi construída para aliviar o movimento da BR-116 e recentemente inaugurada com  grandes comemorações, está apresentando problemas de ondulação na malha asfáltica. Até na bonita ponte, técnicos tiveram que fazer inspeção para solucionar transtornos obrigando a utilização de apenas uma das pistas. Como estamos em ano eleitoral tudo tem que ser feito com certa pressa para atrair a atenção do eleitor. Por exemplo: já começaram os movimentos pelo asfaltamento da BR-153, trecho Erechim/Passo Fundo. Novas reuniões, formação de comissões, viagens á Brasília, prefeitos e deputados se unindo por uma causa comum em benefício da região etc. Outra questão que os políticos levantarão nos próximos dias será a ferrovia Norte-Sul. Mais promessas, pressão sobre o governo, mais reuniões, visitas de políticos, entrevistas em rádios e jornais. A inauguração da transposição do Rio Gravo até a barragem da Corsan, para abastecer a população sem problema de racionamento no verão terá inda, no mínimo, mais duas inaugurações. Aliás, eu nunca vi inaugurar obra inconclusa.

O ex-prefeito de Caxias do Sul Ivo Sartori será o candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul. O resultado de sua vitória sobre Paulo Ziulkoski já era esperado. Sartori teve mais de 70% dos votos, na pré-convenção realizada sábado em Porto Alegre. O discurso do senador Pedro Simom foi meio indigesto. Foi inoportuno e impensado. Mas, convenhamos, devemos dar-lhe o desconto pela sua idade. Fez um discurso repleto de críticas aos adversários nas eleições de outubro e disparou contra a imprensa, em resposta às reportagens sobre o uso de plano de saúde por parte dos senadores e mais uma vez tergiversou, ou seja , não foi incisório sobre a possibilidade de concorrer à reeleição e disse que está à disposição do partido. Está em cima do muro. Enquanto isto prejudica seu companheiro, o ex-governador Germano Rigotto, seu substituto natural. Também de forma deselegante  atacou os adversários e ironizou as chances do PP, da senadora Ana Amélia Lemos, na disputa para o Piratini. O que o senador tem que explicar é os seus gastos pagos pelo povo com o tratamento do seu "teclado". Não vejo "maldade" nenhuma da imprensa como ele mesmo afirmou no episódio do tratamento dentário.
"Eu tenho 84 anos e não tenho nada no bolso. Me chamar de boca de ouro é uma maldade". É tudo uma questão de opção. Fosse ele um mensaleiro estaria com o dinheiro.

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