Há dias o presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa, que como todo mundo sabe é negro, em entrevista a
jornalista Miriam Leitão, de O Globo, disse que foi discriminado pelo
Itamaraty. “Fui discriminado, mas me prestaram um favor", disse Joaquim.
As declarações do ministro, que reportam
racismo em concurso no Itamaray, explodiram como uma bomba no Ministério das
Relações Exteriores e na diplomacia brasileira. O ministro disse sofrer
perseguição por ser negro e ter sido eliminado pela instituição injustamente,
após passar na prova escrita. “O Itamaraty é uma das instituições mais
discriminatórias do Brasil”, asseverou Joaquim Barbosa na entrevista. “Fui
discriminado, mas me prestaram um favor. Todos os diplomatas gostariam de estar
na posição que eu estou. Todos”. Não é a
primeira polêmica em que Joaquim Barbosa é envolvido. Neste no ano passado, ele
divergiu asperamente dos presidentes das associações de juízes, que defendiam a
PEC para criar quatro tribunais regionais federais dizendo que os juízes
fizeram uma negociação “sorrateira” com parlamentares para aprovar tribunais em
“praias”, “resorts”, etc. Tais declarações causaram furor do relator da PEC,
senador Jorge Viana (PT-AC). Em março de 2013, Joaquim mandou um repórter do
jornal O Estado de S. Paulo “chafurdar no lixo”, estão lembrados? Depois Joaquim
Barbosa declarou a O Globo: “É um personagem menor, não vale a pena, mas quando
disse isso eu tinha em mente várias coisas que acho inaceitáveis. Por que eu
vou levar a sério o trabalho de um jornalista que se encontra num conflito de
interesses lá no tribunal?” referindo-se ao fato do jornalista ser casado com
uma funcionária do STF. Antes, o ministro disse que os juízes têm uma cultura
“pró-impunidade”, ao contrário dos membros do Ministério Público, que teriam um
sentimento de contestação ao status quo. As declarações causaram o repúdio das
associações de juízes, que acusaram Joaquim de não saber diferenciar a
responsabilidade das funções dos magistrados, que devem buscar o julgamento
justo, do papel dos procuradores, que têm o dever de apontar aquilo que
consideram irregular.
Tem muita gente que acha que racismo é
só contra o negro. Não é. É sim, e em maior intensidade. Mas, entre os brancos
e os amarelos ele também existe. Portanto, racismo é a convicção sobre a
superioridade de determinadas raças, com base em diferentes motivações, em
especial as características físicas e outros traços do comportamento humano. É
uma opinião não científica sobre uma raça humana que leva a uma tomada de
posição depreciativa e, frequentemente, violenta relativamente a uma
coletividade. Esta é, segundo entendo, uma definição do que seja racismo. E ele
continua a ser um grave problema em numerosos países. A crise econômica e a
pressão demográfica costumam ser motivo de problemas raciais mais ou menos
graves, como sucede na Grã-Bretanha com os imigrantes, em França com os
norte-africanos, na Alemanha com os turcos ou em Espanha com a população cigana
e os trabalhadores negros ilegais.
Históricamente, o racismo continua sendo
uma forma de justificar o domínio de determinados povos sobre outros, como se
verifica no período de escravidão, colonialismo, e nos genocídios (crimes
contra a humanidade) ocorridos ao longo da história. No século XX, algumas
formas de racismo como o Nazismo e o Apartheid marcaram a história. O maior
exemplo de racismo como componente básico da política de um país, foi o da
Alemanha nacional-socialista que levou à perseguição e extermínio de judeus,
ciganos, eslavos, etc. Racismo é crime e
como tal tem que ser punido.
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