sábado, 28 de abril de 2012

A PATRULHA DO PT
Não é de hoje que o PT não gosta da imprensa livre. Tem tentado por      diversas vezes interferir na liberdade de expressão, mas ainda não conseguiu. Preparemo-nos, nós jornalistas, pois com a aproximação das eleições seremos bombardeados por xiitas do PT, os únicos seres "imaculados", onde a ética e probidade reinam sem igual. Sendo assim quem ousar dizer o contrário será perseguido e exposto a execração pública. Essa é a tática petista. Entre os grandes colunistas deste País, Gilberto Dimenstein, da Folha de São Paulo, destemido, criador de muitos furos sobre as barbaridades cometidas no governo petista acaba de noticiar que há um debate pelo partido dos "joazinhos do passo certo", contra a revista "Veja" que coloca em ameaça não apenas a liberdade de expressão, mas a capacidade de investigação contra mazelas cometidas pelos governos. Segundo o competente jornalista, estão apontando como um fato grave e um indício de conivência criminosa o registro de ligações telefônicas entre o delinquente Carlinhos Cachoeira e um jornalista da revista "Veja", autor de vários furos que incomodaram o governo. Há um tom de linchamento nessa acusação. Se todos os jornalistas investigativos fossem proibidos de conversar com fontes de biografia suspeita para obter informações valiosas, provavelmente não haveria descobertas de falcatruas no governo brasileiro inchado de corruptos.  Afinal, muitas vezes somos obrigados a descer na lama para obter segredos.
Vivi em Brasília o tempo suficiente para enxergar de perto muita podridão. E o engraçado é que eles não ficam nem corados de vergonha e muito menos se constrangem. Naquele ambiente putrefato, há ainda alguns que se salvam, mas são muito poucos. Quem é que não sabe que a polícia tem fontes no submundo, e muitas vezes é obrigada a se infiltrar. Isso não a faz necessariamente conivente com o crime. Imagine, o governo com tantos poderes, o congresso cooptado, o STF com ministros na sua maioria nomeados. Se calar a imprensa, resta o que ?
O grande problema da patrulha que o PT insiste em manter contra a imprensa livre é mais ou menos parecido com a história do monge que pretendia quebrar as tábuas de Moisés, onde se inscrevem os 10 mandamentos, porque o tal monge não tem a fé necessária para cumprir sua missão. O PT tem medo da liberdade de imprensa, porque está eivado de "malfeitos", desde o mensalão, e quer sempre posar de inocente. Como se pudesse enganar aos não-filiados! É preciso ir ao lamaçal para descobrir o porco. O que a sociedade brasileira espera é que a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou a máfia que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás, não fique no chove-não-molha como  o mensalão iniciado em 2005, através de  reportagem da revista Veja sobre o esquema de corrupção nos Correios. Alguém se lembra? Num vídeo gravado secretamente, o chefe do departamento de contratação e administração de material dos Correios, Maurício Marinho, relata a roubalheira generalizada. Diz que atuava em nome do PTB e do deputado Roberto Jefferson. No fim da conversa, embolsou um maço com R$ 3 mil, a título de adiantamento de propina. No dia seguinte Marinho foi afastado do cargo. Vinte e quatro hora depois caiu o diretor de administração dos Correios, Antônio Osório Batista  e seu assessor imediato. Criou-se a CPI. O governo por sua vez tentou impedir a criação da CPI liberando R$ 12 milhões em emendas parlamentares para a base aliada. Mesmo assim a CPI foi aprovada. No dia 6 de junho o deputado Roberto Jefferson dá entrevista explosiva ao jornal Folha de São Paulo, na qual lança as acusações que cresceram como uma bola de neve. Fala pela primeira vez sobre a existência do suborno mensal de R$ 30 mil feitos a deputados da base aliada, em especial ao PP e PL. Nomeia seu principal operador Delúbio Soares, tesoureiro do PT. O resto você deve se lembrar. 

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