Foi uma
agradável notícia, o fato de no dia do aniversário de Erechim, (30 de abril) o
italiano/erechinense Giorgio Corradi ter sido prestigiado na URI com a presença
de selecionado público e familiares, pelo lançamento de sua obra literária,
"Pequena Coletânea de Emoções". A alta direção da URI, a Pró-Reitora
de Ensino, professora Rosane Vontobel Rodrigues; o Diretor-Geral do campus,
Paulo José Sponchiado e a Diretora Acadêmica, professora Elisabete Maria Zanin
também esteve presente.
A obra de
Corradi é composta por letras de músicas escritas pelo autor durante seus 86
anos de idade.
"Pequena
Coletânea de Emoções" foi patrocinada pela Edifapes setor ligado a própria
Universidade.
As palavras
da Diretora Acadêmica, Elisabete Zanin, na noite de autógrafos e lançamento do
livro diz bem do que é a obra. Durante seu pronunciamento a Diretora salientou
que quando à obra lhe foi apresentada "percebi que havia encontrado uma
fonte de delicada alegria e iluminada esperança. Giorgio não escreve para
comunicar saberes. Escreve para comunicar sabores. Comunica imensas e intensas
emoções, abraçando palavras”. E concluiu: “Momentos culturais como este
contribuem com a suavização e humanização do relacionamento humano em qualquer
espaço e território”.
Para
completar a noite de lançamento e autógrafo, Giorgio Corradi, interpretou
juntamente com a maestrina Joane Côvolo, uma de suas poesias em forma de música
que estão publicadas em seu livro.
Giorgio Corradi em tempos idos foi contemporâneo de
outros cantores de músicas eruditas que fizeram parte do cancioneiro local como
Andérico Massignan, Ney Miolo, Giovani Urtassun, Grando...
Giorgio é
filho de imigrantes italianos, tendo deixado sua cidade natal, Cremona, na
Itália, ainda criança, indo morar com a família em Erval Grande, então distrito
de Erechim, transferindo-se para nossa cidade em 1939. Com idade avançada, mas
gozando de boa Saúde, o autor de "Pequena Coletânea de Emoções" é um
dos assíduos frequentadores do Shopping Imigrantes com quem tenho me encontrado
para o tradicional cafezinho. No meu próximo encontro quero abraçá-lo e
cumprimentá-lo pela belíssima obra que deixa para os nossos pósteros.
Um assunto
puxa outro, e aí a nossa máquina do tempo nos traz a lembrança outra figura da
música que poucos conhecem: Hardy Vedana, maestro, tenor e clarinetista. Nasceu
em Erechim no dia 13 de junho de 1928 e nos deixou em 1943 indo morar em Porto Alegre. Hardy Vedana tinha
paixões pelo jazz e nos anos 1960 liderou um grupo de dez músicos que se tornou
famoso tocando músicas pela cidade na carroceria de um caminhão, para
propagandear a loja de confecções
Sibrama.
Escreveu artigos em
jornais e revistas; fundou e foi o primeiro presidente do primeiro clube de
jazz de Porto Alegre; gravou seu primeiro LP
em 1961 e, no ano seguinte, gravou o segundo. Em 1964 fez uma turnê de um mês pela Argentina; foi presidente do Sindicato
dos Músicos do RS; fundou, em 1985,
o Sindicato dos Músicos e o Sindicato dos Artistas de Santa Catarina, além de
assumir a presidência da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Cultura,
com sede em Brasília; em 1979 organizou o I Congresso dos
Músicos do Brasil.
Ele foi o idealizador e
fundador, em 1997, do Museu da Imagem e do Som, de
Porto Alegre. Publicou, em 2006,
a obra A Eléctrica e Os Discos
Gaúchos, sobre a histórica gravadora de discos que existiu em Porto Alegre
de 1914 a 1923, e sobre a loja onde eram
vendidos esses discos, gramofones,
etc. Escreveu também Jazz em
Porto Alegre(1985), sobre um de seus gêneros musicais preferidos e deixou
cinco livros prontos para publicação.
Só os mais antigos lembram
dessas histórias. Por isso, sempre é bom recordar pessoas e fatos da nossa
Capital da Amizade, até para reverenciar os seus atores que muito fizeram pela
cultura e divulgação da nossa Erechim. Corradi e Vedana é um exemplo disso.
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