quinta-feira, 8 de maio de 2014

ÀS MÃES

Domingo é dia das mães.
Mãe carinhosa, mãe esportista;
mãe protetora; mãe tímida;
mãe moderna; mãe intelectual;
mãe mais macho que muito homem;
mãe rica e mãe pobre; mãe preta e de outras cores;
mães solteiras, mas todas mães iguais.
Festejar o dia das mães no segundo domingo de maio, sem dúvida, é um dia muito especial. Mesmo não tendo mais a minha, assim também presto-lhe homenagem filial de saudade. Muitos de vocês tem a sua, eu há anos não tenho mais a minha.
Minha mãe era uma criatura boníssima, compreensiva, até demais. Mesmo assim, como filho, nunca me excedi aproveitando-me da sua complacência e generosidade. Ela nunca me deu um tapa sequer, um castigo pelo menos!
Era uma verdadeira santa mulher. Um dia quando já era adulto, ela me confidenciou que o único trabalho que lhe dei foi durante o parto. Naquele tempo não se falava em cesariana. As mães ganhavam seus bebês naturalmente, ou o médico usava o terrível "fórceps". Hoje, até acho que nem se utiliza mais. Fórceps é um instrumento semelhante a uma tenaz. É empregado na medicina obstetrícia para auxiliar a retirada de um feto por alguma razão em que a contração natural não é suficiente para o parto, ou possa colocar em risco a vida da gestante e da criança. Geralmente é usado quando o bebê é muito grande ou em casos de parto de risco. Pois eu estava oferecendo a minha mãe sério risco. Ainda de acordo com seu relato, eu era uma criança grande e além disso cabeçudo. Já sem forças e com as contrações diminuindo, o médico, Dr. Fiorelo Zanin, cochichou um pouco alto no ouvido de minha avó:
"Dona Catina, temos que fazer uso do fórceps, sua filha está perdendo ás forças e tudo pode complicar a partir deste momento".
Foi quando minha mãe ao ouvir "a sentença", num último e derradeiro esforço conseguiu expelir este que vos escreve. Não deve ser nada confortável o tal fórceps. Esforçou-se demais para me dar a vida!
Depois de saber desta história fiquei mais amante de minha mãe. Por isso faço questão de declarar que D.Elza sempre foi referência em minha vida. Como gostaria que ela estivesse viva para poder lhe dar um beijo e um abraço, além do presente, é claro. Mas, por confiar nas promessas do Supremo Criador do Universo espero reencontrá-la na eternidade. Creio que ela estará bonita como sempre, pois viveremos para sempre na eternidade prometida por Deus.
Felicito todas as mães que me leem. Que vocês possam estar rodeadas dos filhos, netos e bisnetos para sua gloria e felicidade de toda a família.
Para os que não sabem, a comemoração do dia das mães é mitológica. Na Grécia antiga o dia era festejado na entrada da primavera em honra a Reha, a Mãe dos Deuses. Mais tarde no início do século XVII, a Inglaterra passou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Mas foi a americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, EE.UU. que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. A ideia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
A primeira celebração oficial aconteceu em 26 de abril de 1910 e em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis.
Anna morreu em 1948, aos 84 anos e nunca chegou a ser mãe.
No Brasil o primeiro Dia das Mães foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

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