domingo, 28 de abril de 2013

POR QUE MUITAS PESSOAS VIVEM SOZINHAS
Pesquisa feita recentemente acaba de revelar que 21% da população gaúcha vivem sós, isto é, ou se separaram ou são solteiros e moram sozinhos. Qual a explicação para que tanto o homem e tanta mulher vivam solitários?
Os estudiosos dizem que a incompatibilidade de gênio tem aumentado na medida em que e a vida exige cada vez mais dos casais, obrigados pelas circunstâncias a trabalhar, o ciúme e as questões financeiras, seriam as causas principais.
Há também os que afirmam que morar sozinho pode ser uma forma de garantir a tão desejada liberdade. Aliás, sonho de quase todos os jovens, um dos motivos para livrar-se das regras da casa dos pais.
Viver sozinho, inclusive, é uma forma de encontrar-se a si mesmo!
De acordo com um levantamento feito em 1950, quatro milhões de pessoas morava sozinhas, o equivalente a 9% da população brasileira. Hoje, registra 31 milhões o que eleva a porcentagem para 28% da população.
No filme: “Comer, rezar e amar”, que assisti protagonizado por Julia Roberts, mostra que ela tinha tudo o que uma mulher sonha em possuir: um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida, e mesmo assim, ela se mostrou perdida, infeliz, confusa e em busca de algo mais. Depois do divórcio, arrisca tudo para mudar sua vida, e faz uma viagem ao redor do mundo, em uma busca por si mesma. Na viagem, ela descobre o poder da meditação na Índia, e, finalmente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor.
Essa tendência de morar sozinho também é do europeu. Na Inglaterra, por exemplo, o índice de domicílios habitados por uma única pessoa é de 30%. Nos Estados Unidos, alcança os 25% - em Nova York, a meca dos solteiros, mais da metade da população (50,6%) vive só. No Brasil, o número de indivíduos que moram sem companhia também aumenta a cada ano. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstra que 11,6% dos brasileiros não dividem o teto com ninguém. Há dez anos, esse índice era de 8,4%.
Até recentemente, o "morar só" era inevitavelmente relacionado a "ser só". E essas pessoas, geralmente com problemas de relacionamento ou idosos, carregavam o estigma de isoladas e abandonadas. Hoje, essa condição virou um estilo de vida, graças a um boom de jovens que têm deixado a casa dos pais em busca da tão almejada liberdade e autonomia. Segundo uma corrente de cientistas sociais com voz cada vez mais ativa, quem mora sozinho é menos solitário do que se supunha e desfruta da vida em comunidade.
No Brasil, a maioria dos moradores solitários continua sendo a população mais velha - 40% têm mais de 60 anos. Com uma maior inserção no mercado de trabalho, o contingente feminino também conquistou sua independência. Até alguns anos atrás, a mulher que morava sozinha era estigmatizada, carregava a pecha de mal-amada ou abandonada.
Hoje tudo mudou.  A vida agitada das metrópoles contribui para o desejo das pessoas ficarem sós, de curtirem o silêncio de suas casas, ou apartamentos, de lidarem com os seus afazeres do seu próprio jeito, sem as rusgas do(a) companheiro(a), mais exigente. Os grandes centros urbanos sempre foram considerados os maiores vilões das relações interpessoais. Mas, agora, há uma corrente de pensadores que sustenta o oposto. Na era da internet, as relações virtuais ganharam espaço. Mas, nem sempre, ter uma imensa quantidade de amigos na rede significa se sentir acolhido e amparado. É bastante comum que pessoas com amigos virtuais em redes sociais, como Orkut, Facebook etc., sintam-se isoladas, sem alguém para falar sobre assuntos íntimos. A internet conforta o solitário apenas num primeiro momento, pois ele se sente integrado a um grupo que também estuda este tema. Conseguir se integrar a outra cultura, com códigos, expectativas e pressupostos diferentes, é um dos grandes desafios do ser humano. A verdade é que não é fácil viver sozinho! Eu é que o diga!

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