sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A GREVE DOS PROFESSORES
Nossas crianças viraram massa de manobra dos professores. Aliás, dos professores não, do SEPERGS. Temos que dar um jeito de não se usar à sociedade como massa de manobra para uma categoria atingir seus objetivos. Não faz muito os bancários fizeram sua greve causando muitos prejuízos à população, e não aos banqueiros. Esses não perdem nunca. Não se usa à sociedade como massa de manobra.
No caso da greve dos professores têm estudantes que precisam estar em dia com a conclusão do segundo grau para fazer o vestibular, e como ficam?
Podem me xingar,  não tem problema, mas a greve para serviços essenciais como: saúde, educação, transporte de passageiros e urbano, correio, bancos, enfim, os serviços indispensáveis à população deveriam ser proibidos. Em comentário anterior sugeri aos políticos que revisem a Lei de Greve no país.
Ninguém é contra que o professor reivindique melhores salários. São mal pagos; são. Recebem um salário indigno; recebem. Precisam ganhar mais; precisam. O governo Tarso Genro não cumpre a Lei do piso; não cumpre. E a sociedade tem que pagar por tudo isso? Não tem!
Mas, é preciso, por outro lado, entender a situação em que vive o cofre do Estado.  Ouvi a explicação do secretário da Educação, Prof. Dr. Jose Clovis de Azevedo, numa entrevista a Rádio Gaúcha nesta sexta-feira pela manhã, e ele convenceu-me, até prova em contrário, de uma coisa: Quem não quer negociar com o governo é o SEPERGS. Explicou que o governo entregou uma proposta ao Sindicato com validade de até um ano, ainda em fevereiro e cientificou o Sindicato que “o orçamento não é nosso” tendo sido firmado na ocasião  o compromisso de que o Governo criaria condições para pagar o piso. O orçamento recebido não prevê nenhuma reposição aos professores, “mas vocês não sairão de mãos vazias nessa negociação”, palavras de Tarso Genro. Azevedo também declarou que o governo chegou a 10,9% de reposição, o dobro da inflação do ano passado e o dobro que todo o governo anterior deu aos professores além de atender 16 integralmente pontos, e ficou certado que em abril do ano quem vem, o Governo retomaria a negociação para aprofundar a integração do piso como salário básico dos professores.
Para o secretário quem rompeu unilateralmente ao acordo foi o SEPERGS que passou de uma situação de negociar o ano que vem, para o piso já.
Em início de outubro o Governo entregou uma proposta ao Sindicato dos Professores, e antes mesmo da discussão já se mostrou contrário. “Inclusive prorrogamos o prazo até dezembro e só tivemos até agora a denúncia da proposta sob o argumento de que ela estaria ferindo o plano de carreira, quando na realidade o plano é uma lei que temos o compromisso de não mexer com ele”, afirmou Azevedo.
No frigir dos ovos, a verdade é que a greve dos professores compromete não só os estudantes que vivem a euforia da conclusão de mais um ano e os pais, que por via de consequência, ficam amarrados com a indefinição se acaba ou não o ano letivo, não podendo programar suas viagens, férias e festas de fim de ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário