quarta-feira, 8 de junho de 2011

CLAMOR  POPULAR  FOI MAIS FORTE
O clamor popular e todas as pesquisas de opinião que apontavam pela saída do ministro Chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, depois que vieram a público as notícias sobre o seu enriquecimento muito rápido (patrimônio dobrou em 4 anos) pelo período em que foi deputado, se confirmou nesta terça-feira.
A expressão popular de que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar deixou de ser verdadeira, pois no caso em tela caiu três vezes: a primeira com José Dirceu, depois com Erenice Guerra e agora Antônio Palocci.
A presidente Dilma foi hábil e esperou o momento certo para extirpar o furúnculo que contaminava seu governo. O mesmo não se pode dizer da decisão do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel que em 37 páginas assinalou na sua análise que não havia indícios de que Palocci tivesse praticado crimes.  Segundo analistas, foi a decisão mais decepcionante de um procurador que, inclusive, mandou arquivar as quatro representações propostas pela oposição contra o ex-ministro. As representações eram dos partidos de oposição (PPS, DEM e PSDB) que pediam a abertura de inquérito para investigar o aumento de seu patrimônio e as atividades de sua empresa, a Projeto.
Para Gurgel, não é possível concluir que o faturamento da Projeto tenha origem em “delitos” nem que Palocci “tenha usado do mandato de deputado federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública”. Por essa razão, segundo o procurador, não haveria motivo para que ocorresse a quebra de sigilo fiscal ou bancário. E concluiu seu relatório afirmando que não há “justa causa” para abrir investigação contra Palocci.
Segundo os mesmos analistas a decisão de Gurgel ocorre num momento crucial. Desde maio, seu nome está com o de outros dois procuradores na mesa de Dilma para que ela decida quem chefiará o Ministério Público Federal nos próximos dois anos.
Em eleição feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República, Gurgel ficou à frente com 454 votos. Dilma, porém, não é obrigada a acolher as sugestões e nem a escolher um dos nomes da lista.
Entre as outras representações de que o ministro ficará livre de responder estava uma que mostrava que a WTorre, cliente da Projeto, teria feito negócios com fundos de pensão e a Petrobras.
Ora, uma decisão desse quilate, dá motivo para várias especulações e uma delas seria a do interesse pela escolha do seu nome para a chia do Ministério Público Feederal.
No momento, a única esperança para a apuração dos fatos seria a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que está em andamento no Senado.

ESCLEROSE MÚLTIPLA
De cada 100 mil habitantes brasileiros, 18 sofrem dessa doença neurológica, que a principio é de difícil diagnóstico. O noticiário da mídia traz a informação de que a medicina está conseguindo estabilizar a esclerose múltipla com uso de células-tronco. Pesquisadores da USP – Universidade de São Paulo, de Ribeirão Preto, acabam de divulgar um importante avanço no tratamento da enfermidade.
O processo é feito de forma semelhante à do transplante de medula óssea, mas com células do próprio paciente, selecionadas por meio de aférese (supressão da parte boa) e, então, congeladas, para depois serem devolvidas ao organismo por infusão.
Desde a década de 90 que pesquisadores se dedicam à descoberta de métodos que busquem recuperar pacientes da doença.
O transplante — ou reprogramação — do sistema imunológico serve não apenas para pessoas portadoras de esclerose, mas também para pacientes de artrite reumática, diabetes tipo 1 e lúpus eritematoso sistêmico, entre outros. Embora o primeiro transplante tenha sido feito em 2001 no Hospital Albert Einstein, hoje, o procedimento deixou de ser pesquisa e passou a ser aceito pelos convênios e pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde o aval da Sociedade Brasileira de Hematologia, dado no fim do ano passado. Segundo afirma o neurologista Hamilton Antunes Barreira, professor titular de neurologia, psiquiatria e psicologia médica da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, o efeito do transplante é imediato em relação à estabilização.

SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA
A enfermidade leva à destruição das bainhas de mielina, que recobrem e isolam as fibras nervosas (estruturas do cérebro pertencentes ao sistema nervoso central). Entre os sintomas mais frequentes, estão fraqueza muscular, rigidez, dores articulares e descoordenação motora. O doente perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos. Em alguns casos, a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária e alterações visuais. Existe uma escala de 0 a 10 para classificar a gravidade da doença. Se existe a suspeita de estar com esclerose múltipla, à primeira coisa a ser feita é ter certeza do diagnóstico. Deve-se então, procurar um médico neurologista, que é o profissional mais adequado a investigar e tratar pacientes com a doença. Como tenho na família esse problema, minha esperança agora é o transplante da célula-tronco.

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