As mulheres cada vez mais estão
assumindo responsabilidades com maior competência do que os homens. Os tempos
estão mudando. Até o final da década de 60 a sociedade vivia sob um modelo
patriarcal, no qual o homem era o provedor do lar, aquele que sustentava e dava
conforto a sua família. As mulheres, por sua vez, eram educadas com o objetivo
de reprodução e cuidados domésticos com a casa. Não cabia a mulher trabalhar
nem ganhar dinheiro; as poucas que trabalhavam eram de uma classe
automaticamente menos favorecida; que precisavam sustentar seus filhos e as
ocupações a elas destinadas na sociedade eram de cunho doméstico.
A partir de eventos como a evolução
industrial, em meados do século XVIII que trouxe o desenvolvimento tecnológico
e o crescimento da maquinaria, aliada as duas primeiras guerras mundiais, e a
revolução feminista na década de 70, as mulheres foram requisitadas pelo
mercado de trabalho em decorrência da saída da população masculina para a
guerra. Este movimento favoreceu a conquista de um maior espaço na sociedade e,
consequentemente, no mercado de trabalho.
Atualmente no Rio de Janeiro mulheres
estão sendo recrutadas que queiram ingressar na profissão de motorista de
ônibus coletivos urbanos. Depois de passarem por testes várias delas já foram
admitidas.
As empresas que as contrataram se
juntaram para pagar uma empresa de pesquisa a fim de ouvir os usuários, cujos
ônibus eram dirigidos por mulheres. O resultado foi altamente positivo. Nenhum
dos consultados rejeitou o trabalho das motoristas e, ainda, comentaram: as
mulheres dirigem com mais cuidado, são mais compreensivas com os passageiros,
educadas, e tudo mais.
Em Porto Alegre não são muitas as
mulheres que trabalham na boleia dos coletivos, ainda há certo preconceito.
Como dependo do ônibus para me
locomover, esses dias embarquei em um coletivo da Carris e a condutora era uma
mulher. Fiquei atento observando a maneira de como ela se portava na direção.
Realmente confirmou os dados da pesquisa do Rio de Janeiro. De fato, elas são
mais educadas, pacienciosas com os idosos e deficientes merecendo os parabéns dos
usuários.
O mesmo não se pode dizer de alguns
motoristas masculinos. São mal educados, impacientes, andam sempre nervosos e
dirigem com raiva e resmungam se você demora um pouco para embarcar.
Uma mania que acaba irritando o
passageiro é quando o impaciente e mal educado motorista vai logo dizendo:
- Um pacinho a mais, por favor. Vamos,
por favor, mais um pacinho!
Mal sabe a anta que está na direção que
se o cobrador não despacha com mais destreza os que passam pela borboleta de
ingresso, os que estão na fila para ingressar no ônibus não conseguem, pois não
há espaço suficiente e, portanto, a porta do coletivo não pode fechar.
A Carris é uma empresa que sempre
recebeu prêmios nacionais pelo seu desempenho e atenção aos seus usuários, mas
ultimamente está difícil aturar o mau humor de alguns motoristas. Sem contar
com a falta de melhor habilidade no dirigir. Parece que fazem de propósito.
Quando o carro está lotado, com passageiros em pé como sardinha em lata,
arrancam e freiam bruscamente só para as pessoas serem jogadas umas contra as
outras no corredor.
A propósito, deveria ser aprovada uma
lei, como existe para as lotações. Uma vez lotado o ônibus só pararia nos
locais adequados quando houvesse lugar. Agora no verão, quer coisa mais desagradável
do que você entrar num ônibus lotado, e no corredor apertado um sujeito
cheirando a “cc”?
É ruim, heim!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário