quinta-feira, 17 de outubro de 2013

MULHERES NA DIREÇÃO



As mulheres cada vez mais estão assumindo responsabilidades com maior competência do que os homens. Os tempos estão mudando. Até o final da década de 60 a sociedade vivia sob um modelo patriarcal, no qual o homem era o provedor do lar, aquele que sustentava e dava conforto a sua família. As mulheres, por sua vez, eram educadas com o objetivo de reprodução e cuidados domésticos com a casa. Não cabia a mulher trabalhar nem ganhar dinheiro; as poucas que trabalhavam eram de uma classe automaticamente menos favorecida; que precisavam sustentar seus filhos e as ocupações a elas destinadas na sociedade eram de cunho doméstico.
A partir de eventos como a evolução industrial, em meados do século XVIII que trouxe o desenvolvimento tecnológico e o crescimento da maquinaria, aliada as duas primeiras guerras mundiais, e a revolução feminista na década de 70, as mulheres foram requisitadas pelo mercado de trabalho em decorrência da saída da população masculina para a guerra. Este movimento favoreceu a conquista de um maior espaço na sociedade e, consequentemente, no mercado de trabalho.
Atualmente no Rio de Janeiro mulheres estão sendo recrutadas que queiram ingressar na profissão de motorista de ônibus coletivos urbanos. Depois de passarem por testes várias delas já foram admitidas.
As empresas que as contrataram se juntaram para pagar uma empresa de pesquisa a fim de ouvir os usuários, cujos ônibus eram dirigidos por mulheres. O resultado foi altamente positivo. Nenhum dos consultados rejeitou o trabalho das motoristas e, ainda, comentaram: as mulheres dirigem com mais cuidado, são mais compreensivas com os passageiros, educadas, e tudo mais.
Em Porto Alegre não são muitas as mulheres que trabalham na boleia dos coletivos, ainda há certo preconceito.
Como dependo do ônibus para me locomover, esses dias embarquei em um coletivo da Carris e a condutora era uma mulher. Fiquei atento observando a maneira de como ela se portava na direção. Realmente confirmou os dados da pesquisa do Rio de Janeiro. De fato, elas são mais educadas, pacienciosas com os idosos e deficientes merecendo os parabéns dos usuários.
O mesmo não se pode dizer de alguns motoristas masculinos. São mal educados, impacientes, andam sempre nervosos e dirigem com raiva e resmungam se você demora um pouco para embarcar.
Uma mania que acaba irritando o passageiro é quando o impaciente e mal educado motorista vai logo dizendo:
- Um pacinho a mais, por favor. Vamos, por favor, mais um pacinho!
Mal sabe a anta que está na direção que se o cobrador não despacha com mais destreza os que passam pela borboleta de ingresso, os que estão na fila para ingressar no ônibus não conseguem, pois não há espaço suficiente e, portanto, a porta do coletivo não pode fechar.
A Carris é uma empresa que sempre recebeu prêmios nacionais pelo seu desempenho e atenção aos seus usuários, mas ultimamente está difícil aturar o mau humor de alguns motoristas. Sem contar com a falta de melhor habilidade no dirigir. Parece que fazem de propósito. Quando o carro está lotado, com passageiros em pé como sardinha em lata, arrancam e freiam bruscamente só para as pessoas serem jogadas umas contra as outras no corredor.
A propósito, deveria ser aprovada uma lei, como existe para as lotações. Uma vez lotado o ônibus só pararia nos locais adequados quando houvesse lugar.  Agora no verão, quer coisa mais desagradável do que você entrar num ônibus lotado, e no corredor apertado um sujeito cheirando a “cc”?
É ruim, heim!!!

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