sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

ASSESSOR POR 30 DIAS

A convite do amigo Francisco Appio, ex-deputado estadual e suplente na 53ª Legislatura que se encerra dia 31 de janeiro, e tendo ele assumido a vaga do deputado titular, Ernani Polo, nomeado novo Secretário da Agricultura no atual Governo do Estado do Rio Grande do Sul, assumi com ele esta sobra de mandato, na Assembleia Legislativa que encerra no final do mês. É o mais curto período de mandato já registrado de um deputado e de um assessor parlamentar.
Na última eleição ele não alcançou cociente suficiente que lhe proporcionasse seu quinto mandato, pois foi acometido de dois enfartos que acabaram refletindo no desenvolvimento da sua campanha trazendo-lhe o desgaste e o prejuízo eleitoral de não se eleger.
Cumpro assim com prazer o convite que me foi endereçado, já que tivemos uma coexistência político-legislativa de  cerca de 20 anos.
Você pode estar pensando como pode tal acontecer?
Pode. É da Legislação. Quando um deputado titular é convidado e aceita assumir cargo no Executivo, assume o suplente, e cabe ao novo detentor da vaga compor o seu gabinete com assessores de sua confiança. Foi o que ocorreu. Então, por 30 dias, serei novamente assessor parlamentar legislativo, onde vou me dedicar as atividades afins e me colocar á disposição dos amigos de Erechim.
Por essa, sinceramente, não esperava.
No reencontro que tivemos nesta sexta-feira (3/1) contou-me o aperto e a aflição vivida em fevereiro do ano passado quando encontrava-se nos Estados Unidos em viagem com sua esposa, onde sofreu o primeiro enfarto. Foi algo preocupante, mas se safou bem. Ao chegar aqui de volta, e vivendo cuidadosamente, teve seu nome indicado e homologado em convenção pelo PP para concorrer a Assembleia Legislativa, e em plena Copa do Mundo, no mês de julho,  é acometido de um segundo enfarto, deixando-o praticamente fora da campanha. Aliás nem campanha pode fazer, e assim mesmo conseguiu somar  em torno de 22 mil votos. A propósito, eu não sei se estou grafando certo a palavra "enfarto". Na verdade há muita discussão em torno do assunto. 
Atualmente admitem-se quatro grafias distintas: enfarte, enfarto, infarte ou infarto. Porém quem teve um infarte (ou um infarto) não resistiu e morreu. Já quem teve um em enfarte ou enfarto (iniciado com a letra “E”) certamente sobreviveu.
Portanto, devemos ter cuidado com estas grafias e o emprego da expressão fulminante, pois o uso desta expressão está errado quando antecedido por qualquer uma destas palavras. Se o paciente teve um infarto (com “I”) significa que ele não sobreviveu ao ataque cardíaco e, portanto, o uso da expressão fulminante (como em: infarto fulminante) seria redundante. Caso o paciente tenha sofrido um enfarte ou um enfarto (com E) significa dizer que ele sobreviveu ao ataque cárdico e, portanto, o uso da expressão “fulminante” se torna contraditório, uma vez que fulminante, segundo a definição do dicionário Houaiss, denota: “que mata rápida ou instantaneamente”.
Mas, enfim, superados todos esses imprevistos e gozando de boa saúde o deputado Francisco Appio tem agora 30 dias, período que lhe permitirá se despedir da vida pública com a dignidade que sempre foi uma característica de sua personalidade. Quanto a mim, serei seu companheiro no cumprimento deste fadário.



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