A
convite do amigo Francisco Appio, ex-deputado estadual e suplente na 53ª Legislatura
que se encerra dia 31 de janeiro, e tendo ele assumido a vaga do deputado
titular, Ernani Polo, nomeado novo Secretário da Agricultura no atual Governo
do Estado do Rio Grande do Sul, assumi com ele esta sobra de mandato, na Assembleia Legislativa que
encerra no final do mês. É o mais curto período de mandato já registrado de um
deputado e de um assessor parlamentar.
Na
última eleição ele não alcançou cociente suficiente que lhe proporcionasse seu
quinto mandato, pois foi acometido de dois enfartos que acabaram refletindo no
desenvolvimento da sua campanha trazendo-lhe o desgaste e o prejuízo eleitoral
de não se eleger.
Cumpro
assim com prazer o convite que me foi endereçado, já que tivemos uma
coexistência político-legislativa de
cerca de 20 anos.
Você
pode estar pensando como pode tal acontecer?
Pode.
É da Legislação. Quando um deputado titular é convidado e aceita assumir cargo
no Executivo, assume o suplente, e cabe ao novo detentor da vaga compor o seu
gabinete com assessores de sua confiança. Foi o que ocorreu. Então, por 30
dias, serei novamente assessor parlamentar legislativo, onde vou me dedicar as
atividades afins e me colocar á disposição dos amigos de Erechim.
Por
essa, sinceramente, não esperava.
No
reencontro que tivemos nesta sexta-feira (3/1) contou-me o aperto e a aflição vivida em
fevereiro do ano passado quando encontrava-se nos Estados Unidos em viagem com
sua esposa, onde sofreu o primeiro enfarto. Foi algo preocupante, mas se safou
bem. Ao chegar aqui de volta, e vivendo cuidadosamente, teve seu nome indicado e
homologado em convenção pelo PP para concorrer a Assembleia Legislativa, e em
plena Copa do Mundo, no mês de julho, é
acometido de um segundo enfarto, deixando-o praticamente fora da campanha.
Aliás nem campanha pode fazer, e assim mesmo conseguiu somar em torno de 22 mil votos.
A propósito, eu não sei se estou grafando certo a palavra "enfarto".
Na verdade há muita discussão em torno do assunto.
Atualmente
admitem-se quatro grafias distintas: enfarte, enfarto, infarte ou infarto.
Porém quem teve um infarte (ou um infarto) não resistiu e morreu. Já quem teve
um em enfarte ou enfarto (iniciado com a letra “E”) certamente sobreviveu.
Portanto,
devemos ter cuidado com estas grafias e o emprego da expressão fulminante, pois
o uso desta expressão está errado quando antecedido por qualquer uma destas
palavras. Se o paciente teve um infarto (com “I”) significa que ele não
sobreviveu ao ataque cardíaco e, portanto, o uso da expressão fulminante (como
em: infarto fulminante) seria redundante. Caso o paciente tenha sofrido um
enfarte ou um enfarto (com E) significa dizer que ele sobreviveu ao ataque
cárdico e, portanto, o uso da expressão “fulminante” se torna contraditório,
uma vez que fulminante, segundo a definição do dicionário Houaiss, denota: “que
mata rápida ou instantaneamente”.
Mas,
enfim, superados todos esses imprevistos e gozando de boa saúde o deputado
Francisco Appio tem agora 30 dias, período que lhe permitirá se despedir da
vida pública com a dignidade que sempre foi uma característica de sua
personalidade. Quanto a mim, serei seu companheiro no cumprimento deste
fadário.
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