quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

COERÊNCIA POLÍTICA

Uma exigência que se faz de um político, no mínimo, é que tenha coerência. Sem essa característica torna-se difícil a sociedade dedicar-lhe confiança,  solidariedade e confiança.
Tenho notado ao longo do tempo que os políticos, quase que de forma geral, são incoerentes. Há sempre dois discursos, um antes e outro depois de eleitos. Dois exemplos objetivos: a presidenta Dilma Rousseff em todas as suas apresentações nos programas eleitorais afirmava que com mais experiência iria tornar o país mais desenvolvido etc. Se o Brasil fosse um colégio e a presidenta uma aluna, e as promessas feitas em 2010 o currículo escolar, teria passado de ano raspando. Seu desempenho final teria ficado um pouco acima da média, sabe por quê?  Exatamente porque em quatro anos de mandato cumpriu apenas 22 de 69 promessas feitas por escrito em 2010. Isso significa que não foi coerente com seu discurso.
Agora em 2015, Dilma promete entre outras ações, a criação de 12 milhões de novas vagas até 2018 no PRONATEC, a menina de seus olhos; Lei anticorrupção; Reforma política; Minha Casa minha Vida Jovem, ampliando o programa para dar condições aos jovens, ou seja, os recém-formados terão empréstimos exclusivos do BNDES para montar seu primeiro negócio; Segurança, promessa de integrar todas as policias; Economia, recolocar o Brasil no caminho do crescimento; Reestruturação da Petrobras, em fim, uma série de outras medidas que só o tempo dirá se ela será ou não coerente com suas afirmações e promessas.
No governo do Estado, não é diferente. Um dos mistérios é saber onde está a verdade. Tarso Genro ao passar o bastão administrativos do Rio Grande do Sul a José Ivo Sartori disse aos 11 milhões de gaúchos que entregava o governo com 700 milhões em caixa; Sartori no seu primeiro dia de mandato vem a público e anuncia que os cofres estão vazios e que, por tal razão, se vê obrigado a dar um calote de seis meses aos fornecedores, não contratar, não fazer uma série de coisas. Quem está mentindo?
Sabe de uma coisa, o Oscar Wilde tinha razão: "A coerência é a virtude dos imbecis".
Para Asmósteles de Pleón "a coerência nunca foi virtude". Nunca será. Coerência é apenas uma maneira de cobrarem que você cometa sempre os mesmos erros.
Por isso, e muito mais, não acredito em quem não tenha coerência.
O incoerente é um desconectado, incongruente, ilógico. O decreto passando calote nos fornecedores do Estado que tem haveres a receber, é um castigo muito forte para quem tem folha de pagamento a pagar, imposto a recolher, sem falar no constrangimento aos deputados que assumiram cargos no Executivo e que não podem organizar suas equipes de confiança, pois não podem nomear nem contratar. Tem que se virar com os funcionários de carreira que nem sempre são da confiança dos ocupantes das novas funções.

Aqui em Porto Alegre a população teme por uma nova greve nos transportes coletivos. A categoria dos rodoviários querem aumento salarial. A proposta apresentada aos empresários chega a 11,5%. Atualmente, um motorista de ônibus ganha R$ 2 mil ao mês e o cobrador tem um vencimento aproximado de R$ 1,2 mil. A carga horária é de 7h.

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