Li postado no Facebook sábado
á noite uma notícia que, assim como eu, deve ter causado reação de indignação e
grande decepção e desapontamento para com aqueles que têm a responsabilidade de
preservar nossa cultura histórica.
A publicação iniciava com um
apelo a que todos compartilhassem aquela postagem. A manchete chamativa era a
seguinte: "Para que nunca mais aconteça, Erechim perde mais de 70.000
peças de sua história".
Abaixo a íntegra da
informação: "Triste, mas é real... O museu particular de Willy Stein
recebe convite para ser montado fora, e muito longe de Erechmim. O fotógrafo,
artista plástico e pesquisador Willy Stein, irmão do restaurador Ricardo Stein,
ambos falecidos ano passado, tinha o sonho de doar todo o seu acervo para um Museu
Municipal em Erechim. Utopia. Um sonho que nunca será realizado, pois o museu
não sai da promessa de políticos há muitos anos. O acervo contendo
aproximadamente 70.000 peças, entre elas fotografias, negativos, máquinas
fotográficas, rádios, eletrolas, filmadoras de cinema, projetores, slides,
moviolas, ferramentas raríssimas, peças de escultura, móveis, quadros, discos,
gravações originais em fitas, filmes em 16 mm, super 8, 8 mm e 35 mm, além de
fotografias em vidro, livros, fotografias desde 1910, e uma grande quantidade
de materiais de sua coleção histórica particular.
Mais uma vez a cultura e a
arte morrem em nossa cidade. Lamentável, mas real".
É inacreditável que se tenha
chegado ao ponto a que chegou. Se olharmos para o que ocorre em outras cidades,
verificamos com que orgulho as pessoas mantém seus museus, seu patrimônio
histórico, sua cultura. Aqui não. Aqui
se lesa o patrimônio.
Se o Governo Municipal continuar
de braços cruzados como está, logo ficaremos sem patrimônio e sem história.
Ficaremos também cada vez mais longe da Cultura e da Educação; cada vez mais
ignorantes… E não se ouve um único murmúrio!
A população aparenta aceitar
passivamente o tipo de ação sem questionar, sem perceber que na realidade se trata
de uma agressão contra si própria, uma violação de seus próprios direitos de
entendimento e de acessibilidade aos bens culturais públicos, à educação, à
formação cultural e artística e o bom senso dos próprios cidadãos da nossa
província. Seria por indiferença, insensibilidade, desconhecimento, ou
simplesmente passividade?
A impressão é que padecemos de um mal típico de sociedades
atrasadas, no que se refere à educação e respeito pelos bens culturais.
O fato levantado por um
internauta é um exemplo e um ato verdadeiramente grosseiro e desrespeitoso, não
apenas com a cultura e o bem cultural específico, mas especialmente com os
habitantes de uma cidade inteira, que se orgulha em ser a "capital da
amizade".
E o Castelinho? Quando serão
retirados os tapumes que o mantém camuflado dos olhos da população? Se, se protelar por mais algum tempo o
término de sua restauração nova reforma terá de ser feita, ou alguém tem
dúvida?
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