domingo, 22 de junho de 2014

POVO SEM CULTURA É POVO SEM ALMA

Li postado no Facebook sábado á noite uma notícia que, assim como eu, deve ter causado reação de indignação e grande decepção e desapontamento para com aqueles que têm a responsabilidade de preservar nossa cultura histórica.
A publicação iniciava com um apelo a que todos compartilhassem aquela postagem. A manchete chamativa era a seguinte: "Para que nunca mais aconteça, Erechim perde mais de 70.000 peças de sua história".
Abaixo a íntegra da informação: "Triste, mas é real... O museu particular de Willy Stein recebe convite para ser montado fora, e muito longe de Erechmim. O fotógrafo, artista plástico e pesquisador Willy Stein, irmão do restaurador Ricardo Stein, ambos falecidos ano passado, tinha o sonho de doar todo o seu acervo para um Museu Municipal em Erechim. Utopia. Um sonho que nunca será realizado, pois o museu não sai da promessa de políticos há muitos anos. O acervo contendo aproximadamente 70.000 peças, entre elas fotografias, negativos, máquinas fotográficas, rádios, eletrolas, filmadoras de cinema, projetores, slides, moviolas, ferramentas raríssimas, peças de escultura, móveis, quadros, discos, gravações originais em fitas, filmes em 16 mm, super 8, 8 mm e 35 mm, além de fotografias em vidro, livros, fotografias desde 1910, e uma grande quantidade de materiais de sua coleção histórica particular.
Mais uma vez a cultura e a arte morrem em nossa cidade. Lamentável, mas real".
É inacreditável que se tenha chegado ao ponto a que chegou. Se olharmos para o que ocorre em outras cidades, verificamos com que orgulho as pessoas mantém seus museus, seu patrimônio histórico, sua cultura.  Aqui não. Aqui se lesa o patrimônio.
Se o Governo Municipal continuar de braços cruzados como está, logo ficaremos sem patrimônio e sem história. Ficaremos também cada vez mais longe da Cultura e da Educação; cada vez mais ignorantes… E não se ouve um único murmúrio!
A população aparenta aceitar passivamente o tipo de ação sem questionar, sem perceber que na realidade se trata de uma agressão contra si própria, uma violação de seus próprios direitos de entendimento e de acessibilidade aos bens culturais públicos, à educação, à formação cultural e artística e o bom senso dos próprios cidadãos da nossa província. Seria por indiferença, insensibilidade, desconhecimento, ou simplesmente passividade?
A impressão é que padecemos de um mal típico de sociedades atrasadas, no que se refere à educação e respeito pelos bens culturais.
O fato levantado por um internauta é um exemplo e um ato verdadeiramente grosseiro e desrespeitoso, não apenas com a cultura e o bem cultural específico, mas especialmente com os habitantes de uma cidade inteira, que se orgulha em ser a "capital da amizade".
E o Castelinho? Quando serão retirados os tapumes que o mantém camuflado dos olhos da população?  Se, se protelar por mais algum tempo o término de sua restauração nova reforma terá de ser feita, ou alguém tem dúvida?


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