Você
já ouviu, certamente, esta frase: O salário do pecado é a morte. Foi a sentença
de Deus depois que Adão e Eva desrespeitaram suas ordens no Jardim do Édem. Foi
a transgressão da lei do Criador que
trouxe sofrimento e morte a toda humanidade. Mesmo assim, "Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito", para nos salvar. Estamos
na Semana Santa. Tempo de não só lembrar os fatos históricos da vida de Jesus,
nascimento, morte e ressurreição, mas refletir também sobre a vida. O texto abaixo é um dos mais incríveis que já li. O
autor é desconhecido. Ele nos mostra que a vida nada mais é do que
uma viagem e nos faz refletir sobre a sua importância. É como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques,
de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns
embarques e de tristezas com os desembarques. Quando nascemos, ao embarcarmos
nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a
viagem até o fim: nossos pais. Não é verdade. Infelizmente, em alguma estação,
eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinho, proteção, amor e afeto. Mas
isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que
virão ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores. Muitas pessoas
tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente
tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas
para ajudar quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros
tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém
sequer percebe. Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são tão
caros acomodam-se em vagões diferentes do nosso. Isso nos obriga a fazer essa viagem
separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade,
atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não
podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar. Essa
viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e
desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta. Façamos essa viagem da melhor
maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando
em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do
trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso. Nós
mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá. O grande
mistério é que não sabemos em qual parada desceremos. E fico pensando: quando
eu descer desse trem sentirei saudades? Sim. Deixar meus
filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que
nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido. Mas me agarro na
esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a
emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram. E o
que me deixará feliz é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa
bagagem tenha crescido e se tornado valiosa. Agora, nesse momento, o trem
diminui sua velocidade para que embarquem e desembarquem pessoas. Minha
expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade…Quem
entrará? Quem sairá? Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não
só como a representação da morte, mas, também, como o término de uma história,
de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por um motivo ínfimo,
deixaram desmoronar. Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a
capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é
saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”. Agradeço muito por
você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam
lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.
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