quinta-feira, 10 de abril de 2014

BAGUNÇA DE SEGUNDA A SEGUNDA

Pede-me um leitor através de e-mail que fale sobre o que vem acontecendo nas noites erechinenses, na chamada lomba da Maurício Cardoso, acima do viaduto Rubem Berta, onde ocorreu recentemente a morte de um jovem, e onde se registram flagrantes abusos de alguns frequentadores de bares que além de tumultuar a quadra, tiram o sossego dos moradores da vizinhança.
Melhor do que dar minha opinião é publicar a íntegra do e-mail recebido através do qual fica demonstrada a inconformidade com o que o leitor desta coluna denomina de "bagunça de segunda a segunda".
"Boa tarde Sr. Francisco, como já escrevi em outras ocasiões, o povo que não tem vez em seu município deve recorrer àqueles que tem em suas mãos a imprensa para elogiar ou reclamar. Infelizmente temos pouco para elogiar e muito para criticar. Apreciaria que fizesse um comentário em sua coluna a respeito da real situação da Av. Maurício Cardoso logo após o viaduto Rubem Berta. O amigo já residiu por estas bandas e deve saber muito bem ao que me refiro. As mortes já começaram a acontecer; os assaltos, algazarra, uso de drogas, prostituição  já são velhos conhecidos. Uma vez, a bagunça era nas sextas e sábados, hoje é de segunda à segunda. A Brigada Militar realiza a tal BALADA SEGURA que seria muito eficiente não fosse o horário em que é realizada, antes da meia-noite, hora em que os frequentadores de bares e boates estão chegando à esses estabelecimentos. Diariamente acompanhamos pela manhã o recolhimento do lixo desses bares e das lixeiras colocadas na rua, é incontável o número de sacos de lixo contendo garrafas vazias que é apanhado pelo caminhão. A quantidade de menores que bebem, usam drogas, fazem algazarra, assaltam e até matam, caso ocorrido na última sexta-feira, é muito grande. O Ministério Público que tanto zela pelo Estatuto da Criança e do Adolescente parece ter fechado os olhos. A insegurança para nós, moradores desse inferno, é muito grande. Até pouco tempo eram somente os pegas de carros que ainda continua e agora, soma-se a isso o grande número de bares e a reunião de todos os representantes da periferia que aqui fizeram seu ponto de encontro. Não se pode proibir o cidadão de ir e vir mas, que se dê condições aos residentes de morarem com dignidade até porque nosso IPTU é um dos mais altos do município. Agradeço desde já sua atenção.
Saudações.
João Carlos"
Como resolver o problema?
A sugestão seria a convocação urgente das autoridades locais para uma audiência pública com  as presenças do Executivo, Legislativo, Ministério Público, Comando da Brigada Militar, Secretaria Municipal de Segurança, ACCIE, CDL, OAB subseção de Erechim, juntamente com a comunidade,  estabelecer estratégias para civilizar e pacificar aquela parte da Maurício Cardoso, cujos moradores não merecem a desconsideração dos responsáveis pela segurança pública.
Essa de realizar Balada Segura ás 22h, 23h não me parece o melhor horário. Evidente que os desordeiros, os usuários de drogas, os que dirigem alcoolizados; sem carteira de habilitação ou CNH apreendida, aparecem mais tarde!
 O objetivo maior até nem seriam as punições, mas sim a conscientização dos motoristas e de quem frequenta os bares noturnos da . O projeto Balada Segura foi criado, para educar e mudar o comportamento das pessoas.
Fora disso, há também os baderneiros, que não satisfeitos com sua sanha ferócia, promovem todo tipo de bagunça: gritos, assovios, brigas, canto de pneu, som alto, tudo de madrugada transformando os altos da Maurício num verdadeiro inferno (se é que no inferno tem disso). Não há como deixar de nos solidarizar com as pessoas de bons costumes que residem acima do viaduto Rubem Berta. Eles têm razão em reclamar e protestar.

A fiscalização quando é feita com ênfase na prevenção e educação pode mudar a conduta das pessoas. 

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