sexta-feira, 27 de maio de 2011

UMA ONG PARA CUIDAR DO CASTELINHO

Algumas pessoas estão se articulando em Erechim para revitalizar o Castelinho, símbolo do município, que está apresentando problemas de deterioração pela falta de manutenção. Já que o município tem dificuldades e quando manda executar o trabalho de restauração é penalizado pelo Tribunal de Contas, a sugestão é uma Organização não Governamental assumir o prédio da Comissão de Terras. Na semana passada o advogado e historiador, Altair José Menegati, escreveu em jornal local um artigo e desde logo aderi à simpática idéia: formar uma ONG com a finalidade precípua de cuidar daquele monumento com recursos a serem arrecadados para aplicação no seu remodelamento. É uma boa opinião.
Lembrou bem o nosso historiador quando se referiu à época do prefeito Antônio Dexheimer, que para não deixar o Castelinho apodrecer e cair (há 17 anos) está até hoje se incomodando porque o Tribunal de Contas entendeu que a contratação dos carpinteiros para a realização dos trabalhos de restauração havia sido feita irregularmente, mesmo tendo sido aprovada a abertura de crédito especial pela Câmara de Vereadores.
Um absurdo de primeira grandeza! Um legalismo republicano exagerado e belestro!
Enquanto isto os verdadeiros corruptos da República andam soltos belos e faceiros por ai.
Para os que não sabem o prédio da antiga Comissão de Terras, batizado de “Castelinho” faz parte do Brasão de Armas do Município e completará em 2012, 97 anos da sua construção. Ele é testemunha de, praticamente, toda a nossa história. O prédio abrigou a Comissão de Terras, repartição pública do Estado que serviu de sede à colonização do município e também foi utilizado como hospital na Revolução de 1923.
Por falar em brasão o professor Aristides Agostinho Zambonato em seu livro “Os meus Erechim”, lembra que a idéia deve-se a Jason Evaristo de Castro, vereador de nosso Legisalativo de 1956-1960 pelo Partido Libertador (PL) – que tinha em Raul Pilla uma grande expressão política no Estado. De acordo com Zambonatto a elaboração do projeto de lei e o modelo do brasão, tiveram minucioso trabalho de pesquisa, estudos de heráldica, arte, ciência dos brasões, emblemas, inclusive, regras sobre as cores, metais, além de sua disposição no escudo. Jason Castro faleceu em 14 de julho de 1990.

CARROS COM SOM ALTO QUEBRAM O SOSSEGO

Diariamente recebo em minha caixa de mensagens inúmeras sugestões para comentar nesta coluna. Escolhi a que me indaga sobre meu posicionamento, por exemplo, sobre a nova mania da batida eletrônica produzida por possantes equipamentos de som instalados em automóveis nas ruas de Erechim. Todos os sábados e domingos automóveis enfileiram-se nas ruas e avenidas da cidade e colocam o som alto demais. A algazarra sonora que é produzida por “supersons” não só atrapalha quem quer passar um final de semana tranqüilo, como irrita.
Nos sábados e domingos a barulheira começa cedo e se arrasta até depois da meia noite. A impressão que se tem é que não há fiscalização e se tem, está fazendo vistas grossas.
Eu sei que é difícil comprovar o ruído, mas também sei que não custa à fiscalização parar o condutor, chamar-lhe a atenção, fazer baixar o volume e se for o caso, aplicar uma multa por poluição sonora fora do horário de obediência ao silêncio.
Em Curitiba uma lei municipal que não vinha sendo cumprida para casos idênticos fez com que o Ministério Público ingressasse com uma ação civil pública na Justiça para cobrar a fiscalização.
O promotor Sérgio Luiz Cordoni, autor da ação, destaca outro problema: as lojas populares que anunciam seus produtos em caixas de som com volume muito alto.  E há, as motos e automóveis equipados com alto-falantes que andam pelas ruas centrais da cidade que também precisam ser fiscalizados. A partir do momento em que a fiscalização funcione, sem dúvida refreia essa prática, defende o promotor.
Se em Curitiba agora há mais sossego, por que não imitar o bom exemplo e fazer cumprir aqui o que diz o nosso Código de Posturas através de uma fiscalização mais enérgica e efetiva?






Nenhum comentário:

Postar um comentário