domingo, 29 de maio de 2011

A SAÍDA DO BISPO E OS SINOS

Uma notícia que volta e meia circula é a substituição de Dom Girônimo Zanandréa, bispo a 17 anos, da diocese de Erechim, por se aproximar da idade compulsória (75 anos). Sua carta de renúncia do cargo já estaria redigida, segundo fonte extra-oficial.
Gozando de boa saúde e apreciado pela comunidade católica da região, Dom Girônimo é natural de São Valentim, nascido no dia 9 de junho de 1936, filho de José e Rosa Dall Prá Zanendréa. Foi ordenado sacerdote em 3 de julho de 1964 e sagrado bispo 24 anos depois (1988) na Catedral São José em cerimônia presidida por Dom Carlo Furno, Núncio Apostólico do Brasil. Seu lema escolhido foi: Ut Vitam Habeant (Para que Tenham Vida).
Coincidentemente tenho dois fatos incomuns com nosso prezado bispo. A primeira, a data próxima do seu aniversário com o meu e a segunda, a transmissão via rádio de sua ordenação como padre, no então distrito (hoje município) de Benjamim Constante, em 1964.
No local não havia energia elétrica e muito menos telefone. Na época, para ás transmissões radiofônicas era necessária a linha física de telefone e energia. Como, pois, transmitir uma cerimônia de tamanha importância para aquela comunidade se não havia energia e linha telefônica?
Eis que surge a brilhante idéia do nosso técnico Flávio de Matos: a utilização de um pequeno gerador de camping à gasolina, emprestado pela Loja Radiolândia, de Júlio Stephanus, para fornecer energia e um transmissor Delta de rádio-amador. Com tais equipamentos a missa foi transmitida com sucesso, constituindo-se na maior proeza radiofônica dos anos 60 pela Rádio Difusão de Erechim.
Quem seria o substituto de Dom Girônimo? A decisão é do Papa que a estas horas já teria o nome do sucessor, mas que a comunidade católica da região somente saberá dias mais tarde.

Sobre os sinos da Catedral

Fiquei sabendo ontem que os sinos que se ouvem, às vezes, nos fins de semana convidando os fiéis para as missas na Catedral são reproduzidos por meios eletrônicos, ou seja, por uma gravação através de alto-falantes. Os antigos sinos que vieram da Itália e que foram instalados na torre da antiga Igreja Matriz São José (demolida) estão silentes. As razões não se sabem. Uma pena, pois os sons até hoje são lembrados pelos mais antigos, e não se comparam com os que se ouvem atualmente através de meios eletrônicos.
Era tradicional tocar o sino ao meio dia e às seis horas da tarde. Já me disse alguém que Erechim aos poucos está perdendo a sua identidade. Fiz-me de desentendido, mas começo a acreditar.
Como sei que o prezado Pe. Antoninho lê minhas mal traçadas linhas, com certeza, me esclarecerá por que os sinos da catedral não dobram mais como antigamente.

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